sábado, 14 de novembro de 2009

BB quer financiar mais casas

O Dia, 13/nov

Investir cada vez mais em crédito habitacional. Essa será a política que o Banco do Brasil passará a adotar. A instituição financeira estatal pretende praticamente dobrar sua oferta de financiamentos imobiliários em 2010. Ao divulgar, ontem, resultados do terceiro trimestre de 2009, a direção do BB estimou fechar este ano com R$ 1,6 bilhão em contratos. Para o ano que vem, a expectativa é que esse valor suba para R$ 3 bilhões.

Segundo Paulo Rogério Caffarelli, vice-presidente do Banco do Brasil, a intenção é estar entre as três maiores instituições de crédito imobiliário no País até 2013. Até lá, considerando valores atuais, o executivo diz que o BB oferecerá o equivalente a R$ 5 bilhões. "Crédito imobiliário é o segmento de financiamento que mais cresce no País", afirma.

As linhas serão oferecidas nas agências e em parceria com construtoras. Para financiamento com recursos da poupança, Caffarelli diz que a taxa de juros é equivalente à da Caixa Econômica Federal.

Mas a estratégia de venda de crédito imobiliário do BB não será igual à da Caixa, que hoje concentra 70% desse mercado no País. Caffarelli explica que a meta é disputar mercado com os grandes bancos privados. Para isso, além de dinheiro da poupança, o banco também oferecerá linhas de recursos próprios e captados com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

A instituição, que começou a oferecer essa modalidade de crédito no fim de 2007, espera crescer graças à autorização de usar parte dos recursos aplicados na poupança para financiar imóveis. Atualmente, o BB tem saldo de R$ 72 bilhões na caderneta. Desse total, R$ 4,7 bilhões poderiam ser usados para o crédito imobiliário.

O BB quer crescer por considerar ainda pequena sua participação no financiamento da casa própria. No segundo trimestre do ano, era de 1,1%, registrando leve alta, para 1,3%, ao fim de setembro de 2009.

Programa especial para mulheres

Mulheres que sustentam suas famílias terão uma linha especial de financiamento da casa própria. A proposta que cria o Programa Nacional de Habitação para Mulheres com Responsabilidades de Sustento da Família foi aprovada pela Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara. O texto é o substitutivo do Senado ao Projeto de Lei 885/95.

Pela matéria aprovada, o programa deve destinar cota mínima dos projetos habitacionais do governo para atender a mulheres com renda mensal de até três mínimos (R$ 1.395).

A beneficiada deve ser a única responsável pelo sustento da família e ter filhos de até 14 anos. O texto diz que as famílias residentes em áreas consideradas de risco devem ser privilegiadas.

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