quarta-feira, 29 de abril de 2009

Falta de compostura

O Supremo Tribunal Federal (STF) deixou de ser, nos últimos tempos, aquela ilustre Corte que existia no imaginário popular, vetusta e modorrenta, só animada, uma vez ou outra, por algum debate bem educado e erudito sobre questões doutrinárias do direito. Em sua atual composição, o STF tem sido palco de discussões que às vezes ultrapassam os temas em pauta, revelando diferentes concepções do direito e vieses ideológicos que suscitam antagonismo entre os ministros.

Já houve, durante sessões do Supremo, ásperas trocas de palavras entre os ministros Joaquim Barbosa e Gilmar Mendes; entre Eros Grau e Marco Aurélio Mello; entre Joaquim Barbosa e Eros Grau; e entre Joaquim Barbosa e Marco Aurélio Mello. Já houve xingatório pesado, em sala reservada do tribunal e houve mesmo quem, em plenário, chamasse o outro para resolver suas questões no braço.

Que o Supremo não é, como já foi, um local de convívio educado e cordial, disso se sabia. O que não se sabia é que a animosidade entre alguns ministros é de tal forma visceral que pode fazer uma mera discussão técnica se transformar num chorrilho de insultos e acusações, lançando a instituição em uma crise, resultante do comportamento desbragado e da incontinência verbal de alguns de seus membros.

Na sessão de quarta-feira, durante o julgamento de um recurso do governo do Paraná contra decisão do STF, que em 2006 considerou inconstitucional a lei que criou o fundo de previdência do Estado, o ministro Joaquim Barbosa, que dialogava com o presidente da Corte, Gilmar Mendes, perdeu a compostura. Percebendo que as coisas iam de mal a pior, o ministro Ayres Brito pediu vistas do processo, com a óbvia intenção de, interrompendo o julgamento, acabar com o incidente.

Mas os ânimos já estavam exaltados demais. Desabrido, o ministro Joaquim Barbosa fez a primeira acusação grave ao ministro Gilmar Mendes: "Vossa Excelência está destruindo a Justiça deste país e não tem condição alguma de me dar lição de moral. Faça como eu, vá às ruas." O presidente do STF respondeu que também vai às ruas, ao que Joaquim Barbosa treplicou: "Não está nas ruas, não. Está na mídia, destruindo a credibilidade do Judiciário brasileiro." E a isso acrescentou: "Vossa Excelência, quando se dirige a mim, não está falando com seus capangas do Mato Grosso, ministro Gilmar. Respeite!"

A essa altura, o ministro Ayres Brito pedia moderação e o ministro Marco Aurélio recomendava o encerramento da sessão - o que aconteceu não antes de uma troca de irônicas referências a gentileza e lhaneza entre os contendores.

O ministro Joaquim Barbosa há de ter suas razões para não gostar do ministro Gilmar Mendes, de quem foi colega no Ministério Público, antes que o atual presidente do Supremo fosse nomeado advogado-geral da União no governo Fernando Henrique. Também deve ter motivos para não se sentir à vontade com os outros ministros com quem se atritou. Mas carece de toda e qualquer razão quando submete o Poder ao qual pertence a constrangimento como o de quarta-feira.

As sessões do Supremo Tribunal Federal são transmitidas ao vivo e sem cortes pela emissora de televisão do Poder Judiciário. O espetáculo degradante foi assistido por milhares de pessoas, em tempo real, e por dezenas de milhões quando as imagens foram retransmitidas por outras televisões e a íntegra do bate-boca foi reproduzida na imprensa.

Pode o ministro Joaquim Barbosa não concordar com a maneira de conduzir o Judiciário do ministro Gilmar Mendes. Não será o único. Mas, se a questão é, como disse o ministro Barbosa em sua invectiva, a "credibilidade do Judiciário", com aquela demonstração pública de falta de civilidade ele contribuiu de maneira ímpar para prejudicar aquela credibilidade, já abalada por problemas estruturais crônicos.

Aos outros ministros do Supremo não faltou bom senso. Após o incidente, os ministros Celso de Mello e Ayres Brito pediram ao ministro Barbosa que se retratasse publicamente. Diante da negativa peremptória, oito ministros - exceto os dois contendores e a ministra Ellen Gracie, que está em viagem - divulgaram nota em que reafirmam "a confiança e o respeito" ao ministro Gilmar Mendes e lamentam o episódio. Chegou-se a cogitar de medida mais dura - uma censura pública a Barbosa. Não teria sido uma medida excessiva.
Um juiz destemperado

Por Maurício Lima | 23/04/2009 - 10:37

O ministro Joaquim Barbosa entrou para a história como o primeiro juiz negro a ocupar um assento no Supremo Tribunal Federal. Arrisca-se também a se tornar o mais destemperado entre todos que ali pisaram. Com o bate-boca de ontem, em que destratou seu colega de plenário, Gilmar Mendes, já são cinco os desentendimentos públicos de Barbosa. Ele já havia discutido antes com os ministros Maurício Corrêa, já aposentado, Eros Grau, Marco Aurélio de Mello, e com o próprio Gilmar Mendes.

Divergir numa corte, evidentemente, faz parte do jogo. O problema tem sido a falta de auto-controle de Barbosa em repetidas e diferentes oportunidades. Frases como "O senhor não está falando com seus capangas de Mato Grosso" não cabem num espaço destinado a discutir leis e processos. Imagina se cena semelhante poderia ocorrer no prédio da Suprema Corte americana?

Entre as qualidades necessárias para se tornar um juiz, ao menos um bom magistrado, está justamente a capacidade de analisar os fatos friamente, sem se deixar levar pela impulsividade. Pode-se estar apaixonado pela causa e pelos argumentos, mas divergência jurídica não pode ser desculpa para grosserias. Agindo desta maneira, Barbosa dá razão aos que não queriam sua indicação porque, certa vez, bateu em sua ex-mulher, fato registrado com boletim policial e tudo.

Um juiz destemperado é como um cirugião com mal de Parkinson. Se você é o paciente, é melhor procurar outro médico. No caso, não há solução. Barbosa só sairá do STF em 2025, quando então completará 70 anos.
Não cortem os pulsos

Por Maurício Lima | 24/04/2009 - 11:07

Nos últimos dias, a leitura dos jornais e da internet tem provocado náuseas mesmo nos estômagos mais resistentes. Em um dia, deputados levam parentes e aproveitadores para passear com dinheiro público. No outro, a baixaria grassa no Supremo Tribunal Federal. Tudo isso, somado às agruras naturais do dia-a-dia, acaba transmitindo uma sensação de desesperança, uma ideia de que a política não serve para nada, de que o país não sai do lugar. Além de ser um sentimento perigoso, que abre caminho para soluções populistas e daninhas, trata-se de uma impressão falsa.

Ok, o nível da política nacional não é mesmo dos melhores. Os Sarneys e Renans ainda estão por aí e, levando-se em consideração apenas a capacidade intelectual de determinados deputados e suas práticas, talvez a média de nossos parlamentares tenha até piorado ao longo dos anos. Roberto Campos, infelizmente, já se foi. Fazem falta também o ex-deputado Ulysses Guimarães e o ex-senador Darcy Ribeiro. Mas olhado de um outro ângulo, o das instituições e o do desenvolvimento, é possível achar alguns bons motivos para otimismo.

Em 2010, o Brasil vai para a sua sexta eleição direta para presidente da República desde o fim da ditadura militar. Será o período mais longo de normalidade democrática na história do país. Na área econômica, importantes conquistas aconteceram nos últimos anos. A inflação foi controlada e o país aumentou de importância no comércio internacional. Existe atualmente pelo menos uma dúzia de grandes empresas brasileiras bem-sucedidas no exterior. No passado, as publicações estrangeiras contavam histórias sobre as aventuras carnavalescas de nossos presidentes. Hoje, dizem que o Brasil é o mais arrumadinho dos BRICs.

Escândalos vão continuar, mas eles não podem servir de desestímulo. Dessa história toda na Câmara, certamente sairão regras que dificultarão a vida dos deputados que querem farrear com o dinheiro público. Do bate-boca no Supremo sairá uma convivência mais respeitosa entre os que pensam diferente. Outros problemas vão aparecer, mas na história de um país é preciso olhar o que os americanos chamam de "big picture" (a questão maior, o cenário mais a longo prazo). Nesse, o Brasil vem avançando.
Ficou barato

Por Maurício Lima | 29/04/2009 - 09:12

Depois de tanta pressão, a Câmara finalmente resolveu proibir o uso da verba de viagens pelos parentes dos deputados federais. Com pompa e circunstância, o presidente Michel Temer, ele próprio um dos envolvidos, acabou também com a cota extra para líderes partidários e com os créditos que eram levados de um ano para outro. Seria um desfecho positivo, caso não tivessem sido anistiados todos os que cometeram irregularidades com a verba.

Deveriam ser sumariamente punidos os que levaram a Adriane Galisteu, as mulheres e até padres para passear na Disney. Além do dinheiro devolvido, o ideal era que recebessem algum tipo de suspensão, multa ou trabalho comunitário pela picaretagem (um corte de salário cairia muito bem, por exemplo). Pior destino deveriam ter ainda os que estavam usando a verba para repassá-la a agências de turismo. A esses, caberia uma punição mais exemplar: a perda do mandato -- e talvez até a cadeia.

Até agora, o número de parlamentares flagrados com esta prática foi baixo, apenas três. Mas o jornalista Marcelo Onaga, editor de EXAME, conversou ontem com uma fonte do Congresso Nacional sobre o assunto e deu a este blog uma notícia em primeira mão. Segundo esse parlamentar, o repasse para agências de turismo estava disseminado pela Câmara, formando uma espécie de mercado paralelo em que os deputados aproveitavam a verba para complementar o próprio salário. Esta fonte calculou em pelo menos vinte os adeptos da irregularidade.

Tomara que as medidas "moralizadoras" de ontem não impeçam a investigação mais profunda destes desvios e, assim como a própria definição do uso dos bilhetes áereos, que sofreu inúmeras reviravoltas, seja revista também a infeliz ideia de anistiar todo mundo. Do jeito que está, ficou barato.
Frango brasileiro no yakissoba chinês

Por Fabiane Stefano | 07/04/2009 - 19:32

Falta pouco para o Brasil voltar a exportar frango para a China. A expectativa é que o governo chinês libere as importações de aves durante a visita oficial do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao país, programada para a segunda quinzena de maio. Em janeiro, a China habilitou 22 abatedouros de frango no Brasil, o que seria a última etapa para a retomada das exportações brasileiras, interrompidas em 2006 por questões sanitárias. Até agora, no entanto, nenhuma encomenda ao Brasil foi feita.

E não é por falta de interesse local. Nessa empreitada, o Brasil tem aliados poderosos: as multinacionais de alimentos. A Yum! Brands, dona das redes KFC e Pizza Hut, tem atuado junto ao governo chinês em favor do Brasil, na tentativa de acelerar a retomada das compras. Afinal, as companhias estrangeiras não se arriscam a adquirir carne de frango contrabandeada de Hong Kong (parte expressiva das 400 000 toneladas exportadas do Brasil para Hong Kong segue para o mercado chinês). Além disso, as multis têm mais dificuldade de adquirir a matéria-prima localmente.

Com a abertura, a expectativa é que em 2009 sejam exportadas 100 000 toneladas de aves. O potencial do mercado chinês, no entanto, é muito maior. Estima-se que o Brasil poderia vender cerca de 250 000 toneladas num prazo de dez anos para a China. Agora, só depende do governo de Hu Juntao se finalmente o frango brasileiro chegará aos pratos chineses.
Só os fortes sobrevivem

Por Fabiane Stefano | 22/04/2009 - 20:01

A Fitch Ratings, empresa de avaliação de risco, publicou hoje um relatório que prevê o retorno do crédito ao setor frigorífico e uma melhora significativa no cenário da indústria de carnes no Brasil. As empresas de bovinos foram fortemente afetadas pela crise de crédito no mercado, o que provocou a paralisação de dezenas de unidades de abate em todo o país. Para a Fitch, os recursos voltarão apenas para os frigoríficos que contam com uma melhor estrutura de capital e gastam menos para rolar suas dívidas. É claro que boa parte desse dinheiro deverá vir da linha de crédito para capital de giro no valor de 10 bilhões de reais criada na semana passada pelo Ministério da Fazenda.

Apesar da ajuda do governo brasileiro, o cenário é bastante distinto entre as empresas do setor. Prova disso é que o grupo JBS Friboi coloca em prática um agressivo plano de contratações - enquanto outros frigoríficos demitem em massa. Desde o começo do ano, o JBS Friboi já anunciou a contratação de 1 759 pessoas. E os planos apontam para 5 000 novas vagas até o fim do primeiro semestre de 2009. A estratégia da empresa é clara: mais gente, mais produção, mais participação de mercado.
Crise: Economias inteligentes para seu negócio

Por Pedro Mello | 24/04/2009 - 17:36

Ontem me encontrei à noite com o Carlos Sacco, dono da empresa Multimídia Brasil, uma distribuidora de software. Entre um papo e outro, ele me contou sobre o software de gerenciamento de micros para cortar custos com eletricidade.

O conceito todo está sob um guarda-chuva chamado TI Verde e apresenta a possibilidade de economia de até 60% da energia consumida pelos micros. Como TI é o terceiro valor mais alto da conta mensal, atrás apenas de ar-condicionado e luz, essa redução pode trazer uma economia de uns 10% na conta total.

Achei interessante e vamos experimentar aqui na firma. Depois conto como foi o resultado aqui. Quem quiser conhecer mais, entre no site www.tiverde.org.
Pior do que notícia ruim, é esperar por ela

Por Adriano Silva | 28/04/2009 - 10:34

Ontem recebi uma má notícia no âmbito dos negócios. Não foi uma notícia péssima. Mas foi uma notícia ruim. Fruto desses tempos de contenção, de cortes de verbas, de apreensão em relação ao futuro. Eu não sei como está para você. Mas para mim, e para a maioria das pessoas com quem estou conversando, o ano de 2009 - do qual já vivemos um terço! - está assim: muito trabalho e pouco faturamento, muita conversa e pouca ação, uma pilha de propostas, projetos e orçamentos (quase todos solicitados) e raríssimos negócios fechados. Das duas, uma: ou o ano começa de verdade agora em maio, e essas idéias e investimentos programados sairão finalmente da represa num jato caudaloso, aquecendo de novo a economia, ou viveremos esse perrengue de planejar muito e concretizar pouco até o final do ano. E aí haverá muitas baixas pelo caminho. Um bocado de pessoas físicas e pessoas jurídicas não sobreviverão. Eu espero mesmo que isso não aconteça. E aqui estou, sim, legislando em causa própria.

Mas o que queria contar aqui é que senti, ontem, uma sensação estranhamente agradável ao ver definida aquela situação. Ainda que o encaminhamento dela não fosse bom, muito longe disso, ter a situação encaminhada gerou em mim um sentimento muito melhor do que no momento anterior, de indefinição. Quer dizer: a ansiedade é pior do que a notícia ruim. Esperar por um desfecho, e sofrer no vazio, na inconcretude de uma possibilidade de tragédia, é muito mais doído do que encarar a situação concreta. O sofrimento da antecipação não tem tamanho. Ou melhor: adquire o tamanho da nossa ansiedade. Que quase nunca é pequena. Que quase sempre descamba para a hipérbole e o paroxismo. Lidar com a coisa como ela é, mesmo quando o quadro não é bom, é uma batalha muito mais objetiva, clara e, portanto, mais sob controle.

É a sede de controle que nos faz sofrer. E, em meio ao desespero, são as migalhas de controle que nos fazem sentir melhor.
Como fica a oferta de Esteves pelo Ponto Frio?

Por Cristiane Correa | 22/04/2009 - 17:52

Nos corredores do Ponto Frio o comentário é que depois de recomprar a operação do Pactual, que estava nas mãos do UBS, o banqueiro André Esteves deve reduzir o interesse em adquirir a rede varejista carioca -- a BTG, empresa de investimentos de Esteves, era uma das que estavam na disputa pelo Ponto Frio, num consórcio com a baiana Insinuante.

Será que Esteves agora sai do páreo e abre espaço para os concorrentes arrematarem o Ponto Frio? Ou será que agora ele ganha ainda mais musculatura (e acesso a capital) para fazer a aquisição?

Façam suas apostas.
Lições do mundo dos negócios

Por Cristiane Correa | 28/04/2009 - 14:27

Quer ouvir palestras de grandes professores, empreendedores e executivos americanos sem ter que gastar uma fortuna?

Acabo de descobrir um site chamado Academic Earth, que reúne cursos e palestras de universidades de primeira linha como Yale e Stanford. E o que é melhor: de graça. Você pode fazer um curso de finanças com o economista Robert Shiller, autor dos livros "Exuberância Irracional" e "Animal Planet" (leia aqui a resenha desta obra, recém-lançada nos Estados Unidos); ouvir dicas de empreendedorismo do investidor John Doerr, o mais conhecido venture capitalist do Vale do Silício, ou assistir o jornalista Thomas Friedman, autor do aclamado livro "O Mundo é Plano", falar sobre globalização. (Para quem quer fugir do mundo da economia e das finanças, o site tem boas palestras também em áreas como física, biologia e psicologia.)
Só de passagem ...

Conta-se que, no século passado, um turista americano foi à cidade do
Cairo, no Egito, com o objetivo de visitar um famoso sábio.
O turista ficou surpreso ao ver que o sábio morava num quartinho muito simples
e cheio de livros.
As únicas peças de mobília eram uma cama, uma mesa e um banco.
- Onde estão os seus móveis? perguntou o turista.
E o sábio, bem depressa, olhou ao seu redor e perguntou também:
- E onde estão os seus...?
- Os meus?! surpreendeu-se o turista.
- Mas estou aqui só de passagem!
- Eu também... - concluiu o sábio.

"A vida na Terra é somente uma passagem... no entanto, alguns vivem como se
fossem ficar aqui eternamente, e se esquecem de ser felizes."

"NÃO SOMOS SERES HUMANOS

PASSANDO POR UMA EXPERIÊNCIA ESPIRITUAL...

SOMOS SERES ESPIRITUAIS,

PASSANDO POR UMA EXPERIÊNCIA HUMANA..."
Aquisição de fatia da Klabin Segall é positiva para Agra, diz corretora
Para Itaú Corretora, reforço de caixa e melhoria da estrutura de capital da construtora são os destaques

Portal EXAME | 28.04.2009 | 14h1

O acordo selado nesta segunda-feira (27/4) com a Veremonte Participações, do espanhol Enrique Bañuelos, e a incorporadora brasileira Agra foi a melhor opção para a Klabin Segall, segundo a Itaú Corretora, que opera de modo independente do Banco Itaú.

Relatório da corretora lista dois pontos positivos para a empresa: a) a melhoria de sua estrutura de capital, e b) o reforço de caixa decorrente da entrada dos novos sócios, calculado em 160 milhões de reais. “Acreditamos que esta foi uma boa saída para a Klabin Segall”, afirma a corretora.

O anúncio teve impacto no mercado de ações. Às 13h35, os papéis da Agra (AGIN3, ordinários, com direito a voto) recuavam 2,16%. Sua cotação era de 2,27 reais. Já as ações ordinárias da Klabin Segall (KSSA3, com direito a voto) registravam queda de 5,11%, negociadas a 2,23 reais. No mesmo instante, o Ibovespa, principal indicador do pregão brasileiro, recuava 0,40%, a 45.636 pontos.

Com o acordo, a Veremonte e a Agra passam a controlar 58% da construtora Klabin Segall. As duas formarão uma holding com participação de 64,9% e 35,1%, respectivamente. A holding – batizada provisoriamente de New Co. - receberá 84,2 milhões de ações ordinárias da Klabin Segall. O preço de venda das ações entre a construtora e a nova holding foi baseado no valor de cada papel de 1,83 real, que resultou num total de 112,5 milhões de reais para a Klabin Segall. A Itaú Corretora afirma que o valor implícito das ações envolvido na negociação foi positivo para a Klabin Segall, “mesmo considerando o desconto de 22% sobre o preço corrente das ações”.

A corretora também considerou o acordo um bom negócio para a Agra por dois motivos: foi uma aquisição barata, e requereu uma pequena contribuição de capital à Klabin Segall. Para fornecer maior liquidez e flexibilidade financeira para a Klabin Segall, Agra e Veremonte concordaram em emprestar à construtora 10 milhões de reais cada, até que a fusão seja concluída. A Veremonte vai capitalizar a New Co. com 100 milhões de reais, deduzindo o empréstimo mencionado. A Agra também deve transferir uma carteira de empreendimentos imobiliários à construtora, cujo Valor Geral de Vendas alcança 355 milhões de reais. A maior parte é composta por projetos já lançados.

A construtora também anunciou nesta segunda-feira que vendeu metade de sua parte no projeto do condomínio de alto padrão Seridó, em São Paulo, para a Goldentree – empresa americana de private equity. O condomínio é um dos mais importantes para a construtora, com um Valor Geral de Vendas total de 700 milhões de reais.

O preço pago pela empresa americana foi de 50 milhões de reais, valorizando o projeto para 200 milhões de reais. A Itaú Corretora acredita que o preço é baixo, dado que a corretora espera um valor total de 150 milhões de reais. Juntos, os anúncios capitalizam a Klabin Segall com 160 milhões de reais (110 milhões da New Co. e 50 milhões vindos da venda do Seridó).

terça-feira, 28 de abril de 2009

Cadastro positivo: sinais de fumaça

Por Guilherme Fogaça | 17/04/2009 - 17:09

Cinco bancos de médio porte fecharam neste ano um acordo para compartilhar o histórico de crédito de seus clientes pessoas físicas. É uma espécie de embrião do que pode ser o tão falado cadastro positivo, um banco de dados que reúne informações de pagamento dos consumidores -- e está há muitos, muitos anos na lista de projetos para serem aprovados no Congresso. O acordo foi intermediado pela Equifax, empresa que realiza análise de crédito. "É uma mostra de que os bancos estão interessados nesse tipo de serviço", disse hoje, no almoço, Marcelo Kekligian, presidente da Equifax.

Alguns bancos resistiam -- e alguns ainda resistem -- à ideia do cadastro positivo. De forma geral, acham que ganham pouco e perdem muito ao compartilhar as informações que têm sobre os clientes -- outras instituições poderiam usar isso para "roubar" seus correntistas. A crise, porém, tem contribuído para mudar um pouco essa percepção. Desde 2008, a Equifax vem dando palestras para bancos sobre como eles podem usar as informações do cadastro positivo para beneficiar seus negócios. "Num ambiente de incerteza, esse tipo de dado torna-se mais importante", diz Kekligian.

Tudo isso pode ser um sinal de que o cadastro positivo vai, finalmente, sair do papel? Para Kekligian, sim. Ele acredita que o projeto tem tudo para ser aprovado no terceiro trimestre deste ano. Falta um ou outro ajuste na proposta, mas de forma geral o texto está bem encaminhado, diz ele. Será? Quem já viu esse projeto entrar e sair da pauta do Congresso inúmeras vezes nos últimos anos tem motivos para ser cético. Mas quem sabe a crise não dá uma mão?
Dia de alta para o setor imobiliário

Por Guilherme Fogaça | 24/04/2009 - 16:56

As ações de empresas do setor imobiliário estão tendo uma sexta-feira de forte valorização. Por volta das 16h30, os papéis da Rossi lideravam as altas do Ibovespa, subindo mais de 15%.

Segundo os analistas, o setor está curando a ressaca do fim do ano passado, quando o aumento na inadimplência e a redução na demanda provocaram uma debandada de investidores e uma queda generalizada nas cotações. Agora, com o pacote habitacional lançado pelo governo em março, a procura por imóveis -- principalmente para a baixa renda -- ganhou impulso e os investidores esperam que esse aumento de demanda eleve o valor das ações no futuro.

Além disso, os analistas explicam que a maioria das construtoras e incorporadoras está abaixo do "valor de liquidação", uma expressão usada para dizer que se a empresa fechasse as portas e vendesse seus ativos conseguiria reunir um montante maior do que seu atual valor de mercado.
Klabin Segall terá novos donos

Por Giuliana Napolitano | 27/04/2009 - 17:44

A Veremonte Participações, empresa de investimentos do empresário espanhol Enrique Bañuelos, e a incorporadora Agra fecharam hoje um acordo para assumir o controle da Klabin Segall. Trata-se de uma operação complexa. Pela proposta concluída nesta segunda-feira, a Veremonte e a Agra constituíram uma nova empresa, que leva o nome provisório de New Co. Para formar essa empresa, a holding de Bañuelos entrou com 100 milhões de reais e a Agra, com 10 milhões de reais, mais ativos imobiliários no valor de 44 milhões de reais, que representam empreendimentos já lançados pela incorporadora. A Veremonte tem 75% do capital da New Co.

Ainda segundo a proposta, a Klabin Segall irá emitir ações no valor de 154 milhões de reais para incorporar a New Co. Feita essa operação - que precisa ser aprovada em assembléia, prevista para ocorrer até 15 de julho -, a New Co. terá 58% do capital da Klabin. "Dessa forma, aportamos capital e ativos e fortalecemos a Klabin", disse a EXAME Marcelo Paracchini, diretor-presidente da Veremonte.

Para ser concluída, no entanto, a transação depende de outro fator, além da aprovação em assembléia: da renegociação da dívida da Klabin. No fim de 2008, a empresa estava endividada em 528 milhões de reais - a maior parte, em debêntures -, o que a colocava numa delicada situação financeira. "Iniciamos as renegociações com os detentores da debêntures em março, tivemos conquistas importantes e vamos continuar as conversas agora", diz Carlos Eduardo Malagoni, diretor financeiro e de relações com investidores da Klabin Segall. Sem dar detalhes de como pode ser essa renegociação, Malagoni disse que a empresa busca "uma readequação às novas condições de mercado". "Houve um importante descasamento entre o fluxo operacional e o financeiro nos últimos meses", completou.

Ainda hoje, mais cedo, a Klabin comunicou a venda de 50% de um de seus principais empreendimentos, o Seridó, em São Paulo. O comprador é o fundo americano Golden Tree Insite Partners, que pagou 49,8 milhões de reais. A transação animou os investidores: as ações da Klabin fecharam em alta de cerca de 30%, anulando a queda do ano. Desde o IPO, porém, os papéis perderam mais de 80%.

Para os acionistas minoritários da Klabin Segall, nada muda. A empresa continuará aberta e não haverá o pagamento de prêmio de controle. "Os controladores não estão recebendo nada em dinheiro, por isso, nesse caso, o tag along não se aplica", diz Paracchini.

Esse é o segundo negócio feito por Enrique Bañuelos no mercado imobiliário brasileiro neste ano. Em fevereiro, também em parceria com a Agra, ele comprou 62% da Abyara por 38 milhões de reais. Segundo Paracchini, as operações da Abyara, Agra e Klabin Segall serão tocadas de forma separada, mas poderá haver parcerias estratégias. "As melhores práticas de cada uma das empresas poderão ser replicadas nas demais", diz.
Expectativa de venda da Klabin Segall estimula alta de ações
Ações da construtora disparam juntamente com os papéis da Agra e da Abyara, maior interessada na compra

Portal EXAME | 27.04.2009 | 15h37

A notícia de que a Klabin Segall foi posta à venda pelos seus controladores fez os papéis da empresa dispararem na Bovespa nesta segunda-feira (27/4). Por volta das 14h50, as ações ordinárias da companhia (KSSA3, com direito a voto) disparavam, com uma alta de 26,11% e preço de 2,27 reais. No mesmo instante, o Ibovespa, principal indicador da bolsa brasileira, caía 2,06%, aos 45.810 pontos. A informação de que a Klabin Segall está à venda foi veiculada pelo jornal Valor Econômico.

A empresa não teria resistido à intensificação da crise econômica e à vultosa dívida de 637 milhões de reais (sendo 461,8 milhões de reais em debêntures). O empresário espanhol Enrique Bañuelos, que vem discutindo a possível aquisição da construtora desde fevereiro, é o mais cotado para fechar o negócio, segundo a reportagem.

Bañuelos ambiciona controlar seis empresas do setor por meio de uma holding, e, a concretização da compra da Klabin Segall contribuiria para a realização de seu plano. Em fevereiro deste ano, o espanhol comprou 70% de participação da Abyara em parceria com a Agra, que detém 30% da companhia.

Os papéis ordinários de ambas as empresas também foram impulsionados pela eventual aquisição da Klabin Segall. Com um crescimento de 17,21%, para 2,52 reais, as ações da Abyara (ABYA3) impulsionavam 666 negociações às 14h50. Enquanto os da Agra (AGIN3) subiam 15,84%, cotados a 2,34 reais, promovendo 888 números de negócios.

Venda da Seridó

A Klabin Segall também divulgou, nesta segunda-feira (27/4), a venda de 50% de um de seus maiores empreendimentos, o Seridó 106. Trata-se de um projeto imobiliário de luxo, localizado no bairro paulistano do Jardim Europa, entre o shopping Iguatemi e o clube Hebraica. O negócio foi fechado com a GTIS Seridó Brasil Participações, controlada pela empresa americana de investimentos imobiliários Golden Tree Insider Partners. O comunicado informa, ainda, que a construtora São José, que detinha os outros 50% do empreendimento, acabou vendendo 25% de sua participação.

De acordo com o Valor, os novos sócios da empresa deverão renegociar as dívidas da Klabin com os bancos credores, além de ter de fazer um aumento de capital relevante.

A situação da construtora se agravou após o adiamento do pagamento das debêntures por 60 dias, devido ao descumprimento da cláusula que estabelecia a relação entre dívida líquida e imóveis a pagar sobre patrimônio líquido. A companhia chegou a ser rebaixada pela agência de classificação de risco Standard & Poor´s e acabou fechando o quarto trimestre do ano passado com um prejuízo líquido de 15,2 milhões de reais.

sábado, 25 de abril de 2009

Cyrela compra a outra metade da Goldsztein
Maior incorporadora de imóveis do país, que detinha metade do capital da empresa gaúcha desde 2006, aumenta participação para 100%

Portal EXAME - 24.04.2009 | 11h39

Em comunicado divulgado nesta quinta-feira (23/4), a Cyrela informou que se tornará proprietária da Goldsztein Participações, mas não divulgou o valor da aquisição. A maior incorporadora de imóveis do país detinha 50% do capital social da empresa gaúcha desde abril de 2006, quando iniciou uma estratégia de ampliação de mercado. Hoje a construtora está presente em 17 estados.

Com o acordo, o capital social da Cyrela aumentará com a emissão de novas ações a serem entregues aos acionistas da Goldsztein. A atual diretoria da empresa, sediada em Porto Alegre, continuará na gestão dos negócios da Cyrela na região sul.

"A concretização da operação está sujeita à realização de auditoria legal e contábil na Goldsztein Participações S.A. e às aprovações societárias previstas na Lei das Sociedades por Ações", afirma o comunicado.

Às 11h12, os papéis da Cyrela (CYRE3) registravam alta de 3,78%, negociados a 12,64 reais. No mesmo instante o Ibovespa registrava alta de 0,91%, aos 46 217 pontos.

sexta-feira, 24 de abril de 2009

ABYARA PLANEJAMENTO IMOBILIÁRIO S.A.

EDITAL DE CONVOCAÇÃO - ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA

São Paulo, 24 de abril de 2009 - A Abyara Planejamento Imobiliário S.A. ("Companhia") convida os senhores acionistas da Abyara Planejamento Imobiliário S.A. a se reunir em Assembléia Geral Ordinária da Companhia, que será realizada no próximo dia 30 de abril de 2009, às 10h00min, em sala de reunião da Sede da Companhia, situada à Avenida Ibirapuera, 2.332, 11º andar, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, a fim de apreciar e deliberar sobre as seguintes matérias constantes da Ordem do Dia:

(i) Apreciação das contas da administração da Companhia, exame, discussão e votação das demonstrações financeiras referentes ao exercício social findo em 31.12.2008;

(ii) Deliberação e aprovação do orçamento de capital para o exercício social de 2009; e

(iii) Deliberação sobre a destinação do lucro líquido verificado durante o exercício findo em 31.12.2008.

Nos termos do parágrafo 1º do artigo 126 da Lei nº. 6.404/76, de 15.12.1976, conforme alterada ("Lei das S.A."), bem como do artigo 13, parágrafos 2º e 3º, do Estatuto Social da Companhia, os acionistas deverão exibir documento de identidade e comprovante de depósito das ações da Companhia, emitido pela instituição financeira depositária, e poderão ser representados por mandatários, observadas as restrições legais, devendo o instrumento de procuração e demais atos societários e documentos que comprovem a regularidade da representação serem entregues na sede da Companhia até 48 (quarenta e oito) horas antes da realização da Assembléia Geral.

Informamos ainda que, por força do disposto no parágrafo 3°, do artigo 135, da Lei das S.A., encontram-se, a partir desta data, à disposição dos senhores acionistas, na sede social da Companhia, no endereço eletrônico na Internet da Companhia (www.abyara.com.br - Relações com Investidores) e da Bolsa de Valores de São Paulo - BOVESPA (www.bovespa.com.br), cópias dos documentos a serem discutidos na referida Assembléia Geral Ordinária.


São Paulo, 15 de abril de 2009.

________________________________________
Astério Vaz Safatle
Presidente do Conselho de Administração


CONTATO:
Ana Graciela Granato
Diretora Financeira e de Relações com Investidores
Tel.: (0xx11) 3027-8551
Fax: (0xx11) 3027-8211
E-mail: ri@abyara.com.br

sexta-feira, 17 de abril de 2009

Latin American Leaders Aim to Redefine Relationship With United States

NYTimes - By ALEXEI BARRIONUEVO - April 16, 2009

RIO DE JANEIRO — When President George W. Bush traveled to Argentina four years ago for a gathering of Latin American leaders, protesters smashed windows, looted stores and sang anti-Bush slogans. Hugo Chávez, Venezuela’s president, drew 25,000 to a soccer stadium to rail against the United States’ free trade policies.

The summit meeting was a qualified fiasco for Mr. Bush and a low ebb for relations between the United States and Latin America.

Now President Obama is planning to visit Trinidad and Tobago this weekend for the fifth Summit of the Americas, with a chance to dim memories of the last such meeting and re-engage with Latin America, a region that took a distant back seat to the Iraq conflict during the Bush years.

But Latin American leaders are seeking more than re-engagement. They are looking to redefine the relationship.

“I’m going to ask the United States to take a different view of Latin America,” Luiz Inácio Lula da Silva, Brazil’s president, said last month before meeting with Mr. Obama in Washington. “We’re a democratic, peaceful continent, and the United States has to look at the region in a productive, developmental way, and not just think about drug trafficking or organized crime.”

Leaders from the 34 countries with democratically elected governments that make up the Organization of American States are expected to press Mr. Obama on issues including the global economy and the United States’ policies on Cuba and on drugs.

Mr. Bush was the most unpopular American president ever in Latin America, polls showed, while Mr. Obama has rock-star status throughout the hemisphere — for the moment.

“Yes, there are other leaders coming, but people do not understand that, they only concerned about Obama,” said Kenneth Job, a street merchant in Port of Spain, Trinidad’s capital, where the meeting will be held.

“He is the main man who everybody love and want to see,” said Mr. Job, who sells framed photos of Mr. Obama, and of Nelson Mandela, the Rev. Dr. Martin Luther King Jr. and Rosa Parks.

Ultimately, Mr. Obama’s appeal in the region could be what keeps anti-Americanism in check at the meeting, analysts said. Mr. Chávez, a fiery populist, is also less likely to try to use the event to take a stand against the United States. In Argentina his ire was directed at sinking a free trade agreement, a deal that ultimately died and has yet to be revived.

But the steep decline in oil prices and Brazil’s ascendancy in the region may throw Mr. Chávez off balance. “He is not going to have the same support to be defiant or make provocative statements against the United States,” said Michael Shifter, vice president of the Inter-American Dialogue, a policy research center in Washington.

Senior American officials said they did not expect Mr. Obama to try a formal reconciliation with either Mr. Chávez or with Evo Morales, Bolivia’s president. Each leader has expelled American ambassadors in recent months, accusing them of being involved in coup plots.

The conference is focused on “human prosperity,” energy security and environmental sustainability, but the global economy will be central for Latin American leaders, including Mr. da Silva, who is still smarting over how the crisis threatens to derail one of Brazil’s greatest periods of prosperity in a generation.

White House officials also worry that economic contagion could reverse the region’s growth and poverty alleviation in the past half-decade.

“In the last year, these achievements have started to dwindle away,” said Jeffrey S. Davidow, the White House adviser for the summit meeting. “There is a real concern that Latin America or the hemisphere may be entering into another lost decade.”

The Latin American leaders are hoping Mr. Obama will not shy away from subjects that have historically been taboo at such meetings. In the past, the United States has vetoed discussions about Cuba and shrugged off criticism of its drug policy.

But the Obama administration has signaled it agrees with some leaders in the region who want to rethink the approach to curbing drug violence. Several of the region’s leaders have also said in recent months that lifting the embargo with Cuba would go a long way toward repairing relations between Latin America and the United States.

American officials said this week that the president welcomed the discussion, but he is not expected to go beyond steps announced on Monday: lifting restrictions on travel and money transfers to Cuba by Cuban-Americans.

“They may not lift the embargo or legalize drugs, but there will be more space to talk about those kinds of things,” Mr. Shifter said. “Something could happen on these issues that hasn’t really happened before, which is an open debate. That is Obama’s style.”
QUOTATION OF THE DAY

New York Times - 17/04/09

"We are in the eye of the storm. The worst is behind us for housing. For commercial real estate and corporate lending, there is still a big dark cloud."
GERARD CASSIDY, a banking analyst.

(Estamos no olho do furacão. Para o setor residencial da construção civil, o pior já passou; mas para o comercial e o corporativo, ainda existe uma grande nuvem escura).

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Juro menor no crédito à habitação

Valor Econômico - Alex Ribeiro, de Brasília - 16/04/2009

O governo quer que os bancos repassem aos mutuários do SBPE os ganhos com a mudança na remuneração da caderneta

O governo quer que os bancos repassem aos mutuários do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) os ganhos com a mudança na remuneração da caderneta. A ideia é que os contratos de financiamento antigos também sejam beneficiados e não só os que venham a ser assinados. Estudos apontam que a solução mais adequada é reduzir a remuneração fixa da poupança, hoje de 6% ao ano. "Se não mexer nisso, continuará existindo um piso para a redução da Selic", diz um ministro da área econômica. A ideia é que os juros dos financiamentos antigos, de 12% ao ano, também sejam reduzidos para evitar que só os bancos ganhem com a mudança.
A crise chegou ao mercado de casas de veraneio de luxo - em alguns casos, o preço médio dos imóveis caiu 50% em menos de um ano

Está ficando (quase) barato| - Portal Exame - 16/04/2009 -

A bolha imobiliária que deu origem à crise financeira que assola o mundo tem, como se sabe, diferentes faces. A mais famosa foi, sem dúvida, sua versão subprime - o financiamento a consumidores de histórico duvidoso, que acabaram por dar calotes em série em suas hipotecas. Existiu, porém, uma face muito mais glamourosa dessa bolha. Nos últimos anos, houve uma valorização impressionante no preço de casas nos mais badalados pontos de veraneio do mundo. Mas a crise, que começou

no subprime, acabou em lugares como Mallorca (na Espanha), Caribe e sul da França. De acordo com corretores de grandes imobiliárias especializadas no mercado de luxo, casas de veraneio em todo o mundo estão, em média, 30% mais baratas que há um ano. Em regiões onde a bolha foi ainda mais exagerada, como em Dubai, nos Emirados Árabes, os preços caíram 50%. "No ano passado, havia pouca oferta de imóveis. Hoje, há uma seleção muito melhor disponível no mercado, então está mais fácil negociar os preços", diz Lucy Russel, diretora da Quintessentially Estates, companhia inglesa que vende casas de luxo em todo o mundo.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

PARA COMPRAR INMUEBLES USADOS HAY QUE ESPERAR DOS AÑOS Y PAGAR 6%

Blanqueo: ponen límites para la adquisición de departamentos
La vivienda debe ser nueva para poder disponer del dinero en forma inmediata.

EL Clarín - Argentina - 13/abr/09 - Por: Ismael Bermúdez

LA IDEA DEL GOBIERNO ES ESTIMULAR LA CONSTRUCCION.
Quien blanquee dinero que está en el país "debajo del colchón" o en una caja de seguridad o lo gire desde el exterior deberá depositarlo en una cuenta bancaria especial. Y no podrá disponer del depósito por dos años, salvo excepciones muy específicas: que lo destine a la compra de títulos públicos nacionales (bonos), a la adquisición de viviendas nuevas, a la finalización de obras en curso, al financiamiento de obras de infraestructura y a inversiones inmobiliarias, agroganaderas, industriales, turísticas o de servicios, todas ellas en el país. En estos casos el impuesto del blanqueo es del 1% o del 3% si adquiere bonos.

Así, por ejemplo, quien quiera comprar un departamento usado o utilizar el dinero para un gasto personal deberá esperar al menos dos años para disponer del depósito. En esos casos, el impuesto es del 6% sobre el monto blanqueado.

En cambio, si el departamento es nuevo, desembolsa el 1% y dispone en cualquier momento, parcial o totalmente, del dinero blanqueado para concretar esa operación.

La diferencia entre la disponibilidad inmediata del dinero del blanqueo para emprendimientos nuevos es para estimular la construcción y las inversiones, mientras que la indisponibilidad por dos años para los demás casos tiene por objetivo impulsar con el dinero blanqueado los créditos bancarios a iniciativas de terceros, según explicaron a Clarín fuentes de la AFIP. Justamente el Banco Central indicó que los bancos que reciban los depósitos por el blanqueo "deberán destinar los recursos a líneas especiales de créditos al sector productivo".

El dinero blanqueado podrá estar depositado en pesos o en moneda extranjera, y devengará la tasa de interés que ofrezca cada banco, "a partir de los 30 días de la constitución del depósito". Pero quien blanquee moneda extranjera primero deberá convertirla a pesos al tipo de cambio comprador y luego adquirir la divisa al tipo vendedor, si quiere mantener el depósito en moneda extranjera. Este movimiento implica un costo adicional, por la diferencia entre el tipo de cambio comprador y el vendedor.

También quien quiera blanquear dinero pero sin traerlo a la Argentina pagará el 8% y deberá identificar "país y ciudad donde está radicada la cuenta, apellido y nombre o denominación y domicilio del titular, moneda, importe y saldo al 31 de diciembre de 2007", informó el Banco Central.

En esos casos, los datos de la persona que remite los fondos del exterior deberán coincidir con los del beneficiario de esa transferencia en el país. Pero se admitirá también si el dinero proviene del cónyuge, de sus ascendientes o descendientes de primer grado. Además, los fondos deberán tener su origen en bancos del exterior "sujetos a las normas de prevención de lavado de dinero".

A su vez, si una persona tenía al 31 de diciembre de 2007 dinero en una caja de seguridad y, antes del 24 de diciembre del año pasado, compró un inmueble, deberá informar a la AFIP el destino que le dio a dichos fondos, identificando la inversión realizada.

El régimen de blanqueo de capitales comenzó el 1º de marzo y estará vigente hasta el 31 de agosto.
Obama levanta restricciones a Cuba

El Clarín - Argentina - 13.abr.09 - 12:25

El presidente de Estados Unidos decidió eliminar la limitación de los viajes de familiares y el envío de remesas a la isla. El presidente de Estados Unidos, Barack Obama, decidió hoy levantar las restricciones a los viajes de familiares y envíos de remesas a Cuba, declaró a la agencia EFE un alto funcionario del Gobierno.

Obama dio instrucciones al Departamento de Estado, del Tesoro y del Comercio para que se ponga en marcha lo antes posible el levantamiento de estas restricciones. También ordenó una serie de medidas para facilitar las comunicaciones con la isla.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

POWER

"POWER TENDS TO CORRUPT, AND ABSOLUTE POWER CORRUPTS ABSOLUTELY".

Lord Acton, letter to Mandell Creighton, April 5, 1887.



"A FRIEND IN POWER IS A FRIEND LOST."

Henry Adams, "The Education of Henry Adams" (1907).
FRASE DO DIA

"PROCURE SER UMA PESSOA DE VALOR, EM VEZ DE PROCURAR SER UMA PESSOA DE SUCESSO. O SUCESSO É CONSEQUÊNCIA."

Albert Einstein

terça-feira, 7 de abril de 2009

Santelisa e Dreyfus fecham acordo e formam companhia de 3 bilhões de reais
Grupo francês venceu a disputa para assumir o controle da Santelisa Vale

Portal EXAME - Por Cristiane Mano e Cristiane Correa | 06.04.2009

O grupo paulista Santelisa Vale, segundo maior produtor sucroalcooleiro do país, acaba de fechar uma negociação com o grupo francês Louis Dreyfus. Os termos do acordo definidos nesta segunda-feira - e que fundem a operação da Santelisa com a produção de açúcar e álcool da própria Dreyfus no Brasil - resultam na criação de uma companhia que vai faturar algo em torno de 3 bilhões de reais por ano. As assinaturas de todas as partes envolvidas deverão ser colhidas nesta terça-feira.

Segundo fontes próximas à negociação, os valores de aporte do Dreyfus dependem da finalização da negociação das dívidas com os bancos credores - um processo que deverá ser retomado a partir de agora. No total, a Santelisa tem uma dívida de quase 3 bilhões de reais. Outra pendência para a definição do preço final do aporte do Dreyfus é a negociação com o BNDES, que já é sócio da Santelisa, para realização de novo aporte na companhia resultante.

O acordo é o ponto final de um leilão feito pela Santelisa e do qual participaram sete grupos interessados, entre eles ETH, Bunge, Cosan e São Martinho (em conjunto com a GP). A decisão dos sócios da Santelisa pelo grupo Dreyfus, segundo fontes próximas das empresas, deve-se sobretudo à possibilidade de as famílias Biagi e Junqueira Franco de continuarem participando das decisões da companhia - embora o controle acionário fique nas mãos do Dreyfus.
Por dentro do carro mais barato do mundo
Jornalista de EXAME fez o test-drive do Nano e se surpreendeu com o bom espaço interno e o desempenho do motor.

Portal EXAME - Por Fernando Valeika de Barros, em Mumbai | 06.04.2009

No final de março, fui o primeiro jornalista brasileiro a dirigir o Tata Nano, pelo asfalto da pista indiana de Pune, a mesma onde seus protótipos foram ajustados. A primeira sensação que tive ao entrar dentro da versão básica deste monovolume compacto é de surpresa - e das boas - com o seu espaço interno.

Tenho 1,88 metro de altura e em nenhum momento senti aperto. Revestido com tecido, o banco do motorista é um pouco duro, resultado da economia massiva de recursos para que se chegasse ao preço de 2.000 dólares. Mas reclinam, podem ser ajustados e, em conforto, não são muito piores do que os assentos de um carro popular do Brasil.

Luxo, não há, é bom que se diga . Esqueça rádio, toca-fitas, ar-condicionado. O máximo que o Nano oferece é velocímetro, odômetro e medidor de gasolina. Funções que alertam sobre problemas na bateria ou superaquecimento aparecem em luzes do painel de instrumentos.

No banco traseiro os cintos de segurança são de dois pontos. Sinal de que o Nano ainda precisa melhorar muito para a sua prometida chegada ao Primeiro Mundo. Esta versão terá de passar por testes de colisão ainda mais rígidos do que os da Índia e receber equipamentos como airbag e freios a disco, para começar. Mas, do jeito que está, não faria feio no Brasil.

O motor tem meros 33 cavalos e só 4,9 mkgf de torque. Não oferece a mesma performance dos automóveis mais potentes, mas resolve a parada. Quando embala, pode chegar a até 90 km/h, mesmo com quatro adultos a bordo.

Eu mesmo fiz esta experiência para a alegria de três executivos em visita à fábrica . Eles não hesitaram em entrar a bordo quando propus a eles um teste para avaliar se o carrinho renderia. Mesmo com quase mil quilos, acelerei o carro até que o ponteiro do velocímetro do Nano cravasse 90 km/h.

Outro destaque do carro de 4 600 reais é seu consumo . O motor com 2 cilindros em linha desenvolvido pela Tata pode rodar 23,6 quilômetros com 1 litro de gasolina. E o reservatório de óleo gasta apenas 1,2 litro a cada troca.

A direção não tem assistência alguma, mas manobrar este carro não é difícil por causa do seu bom diâmetro de giro curto. Segundo me explicaram alguns de seus criadores como Girish Wigh e Clive Hickman, esta característica é uma das armas para tentar fisgar os usuários de motocicletas. Considerando que o estilo do carro é simpático e que o Nano é bom para manobrar, dá para dizer que ele deverá fazer sucesso por onde passar.
Recessão brasileira deve ser curta
Para especialistas, o PIB voltou a registrar queda entre janeiro e março, mas terá expansão neste trimestre ou no próximo

Portal EXAME - Por João Sandrini, Francine de Lorenzo e Peri de Castro | 06.04.2009

O trabalho de acertar previsões econômicas com meses de antecedência é uma espécie de espionagem estatística. Grandes bancos e consultorias contratam equipes de economistas para coletar e antecipar centenas de informações. Reunidos e analisados com precisão, esses dados podem indicar o futuro desempenho de uma empresa, de um setor ou da economia como um todo.

A crise, no entanto, trouxe elementos novos e imponderáveis, alterou trajetórias que pareciam já traçadas e gerou fortes discrepâncias entre as previsões econômicas para o Brasil neste ano. Existe um abismo de quase 200 bilhões de reais entre a previsão de crescimento de 2% para o PIB feita pelo Ministério da Fazenda e a estimativa de retração de 4,5% divulgada pelo banco Morgan Stanley.

Nos últimos dias, o Portal Exame reuniu a opinião de oito especialistas em previsões econômicas. Desconsiderando tudo que não é consensual, chega-se a quatro conclusões:

1) A economia brasileira encolheu entre janeiro e março e completou dois trimestres seguidos de retração, o que tecnicamente configura uma recessão; 2) Apesar de o ritmo da contração estar mais para tsunami do que para marolinha, a recessão brasileira será curta, ao contrário da americana e da europeia; 3) Em relação ao trimestre anterior, a economia voltará a crescer neste segundo trimestre ou, no mais tardar, no próximo; e 4) A produção só voltará ao patamar pré-crise no final do ano ou no início de 2010.

Até a semana passada, especialistas ainda alimentavam a expectativa de que a economia brasileira pudesse voltar a crescer já no primeiro trimestre devido a uma série de indicadores positivos no setor de consumo. Além da resistência das vendas de alimentos, bebidas, medicamentos e livros, o consumo de carros no mercado interno chegou a alcançar novos recordes e o crédito deu sinais claros de recuperação.

No entanto, a esperança de que a recessão seria evitada foi sepultada pela divulgação de que a produção industrial caiu 17% em fevereiro em relação ao mesmo mês do ano passado. Após o tombo de 20% da indústria no quarto trimestre, a leve recuperação apresentada em janeiro e fevereiro é pífia sob qualquer aspecto. "O consumo sozinho não vai ser suficiente para estimular a produção", diz Guilherme da Nóbrega, economista-chefe da Itaú Corretora, em relatório. "Os investimentos e as exportações terão de fazer a sua parte."

As exportações foram bastante afetadas pela queda de quase 20% no volume de comércio mundial neste ano. Enquanto em setembro do ano passado as vendas brasileiras ao exterior cresciam 41,3% em relação ao mesmo mês de 2007, em fevereiro deste ano as exportações tiveram queda de 25,1%. Para o economista Roberto Giannetti da Fonseca, diretor do Departamento de Comércio Exterior da Fiesp, a falta de crédito e de seguro para financiar as compras de produtos brasileiros por países emergentes agravou a já representativa redução das exportações para as economias desenvolvidas.

Giannetti diz, no entanto, que a decisão do G20 de criar uma linha de crédito de 250 bilhões de dólares para o financiamento do comércio será um "primeiro passo" para destravar as exportações para países do Leste Europeu - cujos bancos enfrentam crise de confiança - e para países exportadores de commodities, como a Venezuela, com quem o Brasil tem seu maior superávit comercial.

Essa retomada, no entanto, será bem lenta. O próprio Ministério do Desenvolvimento já estima uma queda de 20% nas exportações brasileiras neste ano. Para o investidor Antoine van Agtmael, que cunhou o termo "mercados emergentes", só países com um mercado interno gigantesco como a Índia ou a China e outras raras exceções poderão evitar uma recessão devido ao colapso do comércio mundial. Além disso, ele aposta que, apesar da recente reação, os preços das commodities vão levar ao menos três anos para retomar os patamares anteriores à crise, o que prejudicará o Brasil.

Os investimentos são outro destaque negativo da economia brasileira. A produção de bens de capital (máquinas e equipamentos) teve uma queda de 28% entre setembro e fevereiro. "O problema dos bens de capital é que a queda está acelerando ao contrário do que se observa em outros setores da indústria", afirma Rogério de Oliveira, diretor de pesquisas para mercados emergentes do banco Barclays. "Por que alguém investiria em um momento em que não há pressão sobre a capacidade já instalada nem uma perspectiva de grande melhora no curto prazo?", questiona o economista-chefe do Santander e ex-diretor doBanco Central, Alexandre Schwartsman.

Há luz no fim do túnel

Apesar dos sinais da baixa confiança dos empresários, há motivos para que a economia brasileira volte a crescer neste trimestre ou, no máximo, no próximo. O primeiro deles é que a economia alcançou um patamar muito baixo devido à redução de estoques. Para John Welch, economista global do banco Itaú, mesmo sem um forte crescimento da demanda, as empresas terão de repor estoques nos próximos três meses, levando a uma recuperação da economia.

Além disso, medidas anunciadas pelo governo nos últimos meses devem começar a fazer efeito no terceiro trimestre. O Banco Central já reduziu a taxa básica de juros em 2,5 pontos percentuais e deve levá-la para algo entre 8% e 10% ao ano até julho. Se a economia continuar a piorar, é provável que a Selic fique mais próxima de 8% ao ano, e vice-versa.

Independente do tamanho dos cortes, a Selic já atingirá o menor patamar da história a partir deste mês. O consumo de bens como imóveis e eletroeletrônicos, bastante afetado pela crise, deverá ser reativado pela Selic - a não ser que a taxa de desemprego suba do atual patamar de 8,5% da população ativa para mais de 10%.

O governo também injetou ânimo no consumo nas últimas semanas ao anunciar a prorrogação do IPI reduzido para carros e caminhões e a redução de tributos cobrados sobre motos e material de construção. O pacote habitacional é outra aposta que deve elevar a demanda por imóveis para famílias com renda de até dez salários mínimos assim que os subsídios estiverem disponíveis. O problema é que não se sabe quando isso vai acontecer, já que nem o presidente Luiz Inácio Lula da Silva se comprometeu com um prazo para a construção de 1 milhão de moradias.

Oliveira, do Barclays, lembra que o governo terá limitações orçamentárias para tomar novas medidas fiscais de estímulo à economia como fizeram os países desenvolvidos. A arrecadação tem caído rápido e o governo só evitará o crescimento da relação dívida/PIB caso garanta um superávit primário (receitas menos despesas, excluído o pagamento de juros) equivalente a ao menos 3% do PIB. "Se o governo quiser economizar menos que isso, precisa comunicar bem ao mercado que trata-se de algo temporário, uma ação pontual para combater a crise. Do contrário, o 'grau de investimento' ficará ameaçado", afirma.

Por outro lado, a solidez dos bancos brasileiros, os sinais de que a economia chinesa começa a se recuperar e o plano do governo dos Estados Unidos para ressuscitar o setor financeiro geram alguma esperança em empresários e consumidores. Então é possível descartar totalmente a previsão do Morgan Stanley de que a economia brasileira encolherá 4,5% neste ano? Não, principalmente se a quebra de algum grande banco ou montadora americana voltar a abalar a economia mundial. Mas é provável que isso aconteça? A julgar pela recente recuperação dos mercados financeiros globais e da Bovespa, essa possibilidade é cada vez menor.
O preço de um escândalo
Com a prisão de diretores, acusações de fraudes e desrespeito à lei, a Camargo Corrêa e a Daslu enfrentam um problema que tem potencial para destruir empresas: a crise de reputação

Revista EXAME - Por Daniella Camargos e Melina Costa | 02.04.2009 | 15h34

Nas últimas semanas, duas companhias brasileiras viram-se envolvidas em escândalos que expuseram sua gestão ao escrutínio público. A primeira foi o grupo Camargo Corrêa, um dos maiores conglomerados do país, com 16 bilhões de reais em faturamento. Quatro de seus executivos e duas secretárias foram presos no dia 25 de março por policiais federais diante da acusação de remessa ilegal de dinheiro ao exterior e da suspeita de doações ilegais a partidos políticos. No dia seguinte, em uma nova operação, a polícia prendeu Eliana Tranchesi, dona da butique de artigos de luxo Daslu. Essa foi a segunda prisão da empresária, agora condenada a 94 anos por importação fraudulenta dos produtos de grife vendidos por sua empresa, formação de quadrilha e falsidade ideológica. Em ambos os casos, todos os envolvidos já foram libertados por meio de habeas corpus. Eliana ainda pode recorrer da decisão judicial - o que talvez diminua consideravelmente sua pena. Já os diretores da Camargo Corrêa seguem sob investigação. É impossível dizer, hoje, qual será o desenrolar dos processos. Do ponto de vista da imagem das duas companhias, porém, um estrago considerável já foi feito. "Mesmo que as empresas envolvidas em situações como essas acabem sendo declaradas inocentes, não importa: a exposição negativa já foi suficiente para arranhar sua reputação", diz Larry Smith, presidente da consultoria americana Institute for Crisis Management.

Ter a imagem envolvida em acusações de corrupção e sonegação é um duríssimo golpe num dos ativos mais valiosos de uma empresa: a credibilidade. Quando comercializam produtos e serviços, na verdade as companhias estão vendendo, indiretamente, confiança. Nesse sentido, empresas raramente saem ilesas de um abalo à reputação. Uma vez ocorrida uma crise dessas, os negócios sofrem dois tipos de prejuízo. O primeiro, e mais facilmente mensurável, diz respeito à administração imediata do problema. São gastos com advogados, publicação de informes de esclarecimento público e desenvolvimento de estratégias de gestão de crise que, somados, não saem por menos de 2 milhões de reais. No entanto, nada se compara ao segundo tipo, relacionado aos danos de imagem, como fuga de talentos, desconfiança em relação à marca e perda de contratos e clientes. Apesar de intangível, há estimativas que ajudam a dimensioná-lo. A queda de um avião, por exemplo, custa cerca de 1 bilhão de dólares a uma companhia aérea. No caso de uma crise provocada por acusações de crimes do colarinho branco, como a que atingiu a Camargo Corrêa e a Daslu, esse custo é de, no mínimo, 10% do faturamento anual. "O problema é que, nesses casos, a empresa é vista imediatamente como culpada", diz Mário Rosa, consultor especializado em imagem e autor de dois livros sobre o assunto.

Zelar pela reputação e pela imagem pública tornou-se uma questão de sobrevivência para as empresas. A demanda dos consumidores por produtos éticos e uma maior fiscalização de organismos reguladores têm forçado a uma exposição maior das corporações e, consequentemente, sua vulnerabilidade aumentou. Uma pesquisa conduzida recentemente com 269 executivos pela Economist Intelligence Unit, unidade de consultoria da revista inglesa The Economist, indicou que, entre 13 categorias de risco, crises de reputação e imagem representam a maior ameaça enfrentada pelas empresas. Esses fatores preocupam mais do que os riscos de mudanças regulatórias, perda de talentos e segurança nas áreas de tecnologia da informação, mercado e crédito. Paradoxalmente, as companhias têm se esforçado muito pouco para evitar esse tipo de crise e manter uma boa imagem perante clientes e fornecedores. Estudos recentes mostram que, na imensa maioria dos casos, são elas próprias as culpadas pelas crises em que se envolvem. Segundo um levantamento realizado ao longo de dez anos pelo Institute for Crisis Management, mais de 80% dos problemas de imagem são causados exatamente pelos funcionários - e os executivos são os principais responsáveis em 52% dos casos.

Seja qual for a origem da crise, seus efeitos produzem impactos diferentes conforme as características da companhia atingida e do setor no qual ela atua. De acordo com especialistas de gestão em imagem, empresas que lidam diretamente com o público consumidor costumam ser mais afetadas pelas crises corporativas do que as que têm como clientes outras empresas ou o setor público. Companhias que têm ações listadas em bolsa também tendem a sofrer mais quando apresentam problemas de reputação. "Essas empresas sofrem cobrança de sócios minoritários e dos analistas de mercado para resolver rapidamente o problema", diz Tom Camargo, diretor da FSB Comunicações, especializado em gestão de crises. Um exemplo de como uma crise de imagem afeta de forma diferente empresas de capital aberto e as de capital fechado ocorreu dentro do próprio grupo Camargo Corrêa dias após a prisão dos executivos. Enquanto a construtora envolvida diretamente na crise e a holding do grupo, de capital fechado, não designaram sequer um executivo como porta-voz no episódio (sendo representadas apenas por seus advogados), a Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário (CCDI), braço voltado para a incorporação imobiliária e de capital aberto, manteve o executivo responsável pela área de relações com investidores, Fernando Bergamim, em contato direto com o mercado por meio de um blog no site da empresa. No blog, Bergamim procurava deixar claro que as empresas eram independentes e que a CCDI não tinha nenhuma irregularidade. O esforço, no entanto, não impediu que as ações da CCDI caíssem 5% até dois dias após o escândalo ser divulgado.

É consenso entre os especialistas em gestão de crises que, quanto mais ágil e transparente for a empresa, menores serão os danos causados pela crise de imagem. Um estudo realizado na Universidade de Oxford analisou o desempenho das ações de 15 empresas que sofreram problemas de imagem e concluiu que as que apresentaram maior habilidade em reagir à crise tiveram aumento de 5% no valor de suas ações em um período de 50 dias depois da catástrofe. Já as empresas menos eficientes nesse quesito apresentaram perdas, em média, de quase 10%. Em alguns casos, o reflexo do bom gerenciamento da crise pode ser percebido imediatamente no desempenho do negócio. Foi o que ocorreu com o grupo de comunicação Martha Stewart Living Omnimedia, fundado pela americana Martha Stewart. A empresária foi acusada de mentir para autoridades em um caso de uso de informação privilegiada para venda de ações. O escândalo acabou por condená-la a cinco meses de prisão, em 2004. A empresária, em vez de recorrer, reconheceu a culpa, afastou-se da empresa e apresentou-se para cumprir a pena. No período em que a empresária esteve na cadeia, as ações de sua empresa mais que triplicaram de valor, passando de 10 para 35 dólares. Ao sair da prisão, em março de 2005, Martha voltou a ser a face pública do grupo. Tanto no caso da Camargo Corrêa como no da Daslu, ainda é cedo para saber se as estratégias de gerenciamento da crise utilizadas pelas empresas serão bem-sucedidas. Mas uma coisa é certa: o caminho, em ambos os casos, será difícil e acidentado.
The world changed last week, unreported and unseen

U.S. EconoMonitorFabius Maximus | Apr 6, 2009

The world changed last week, unreported by the media and hence unseen by most Americans. Our locked orientation – seeing ourselves as the hegemonic or imperial power — blinds us to the almost inevitable evolution of the world to a multi-polar order. In the 21st century the center of economic power moves from West to East.

This blindness afflicts even experts, as seen in this article: “The Last European: Why the G-20 Was a Success“, Simon Johnson, blog of the New York Times, 3 April 2009. The World Bank and International Monetary Fund are central organizations in the global geopolitical system. The first always has an American boss, the second European boss. Johnson explains that both might soon have leaders from the emerging nations, a signal of their emergence onto the world stage as a major power group.

This shows how the current downturn is accelerating the shift of economic power, as the developed nations are most afflicted by it. The WB and IMF need money, and the West is tapped out. We are forced to turn to the emerging nations, and so must surrender influence. It’s important for our egos to hide this. Note how cleverly Johnson does so, ignoring the structural aspects of this — instead painting it as brilliant political footwork by Team Obama.

Some have said structurally this is a typical “emerging nation crisis” — but taking place in the developed nations. Perhaps we are in some ways trading places. The developed nations entering a period of structural decay. The emerging nations enter their period of almost inevitable growth, catching up to us.

Excerpt

In this difficult context, the Obama administration produced a rabbit out of the hat {at the G-20 meeting}.

The managing director of the I.M.F. is very powerful, with a great deal of authority and discretion, and has always been a European - in effect, appointed by European governments to represent their interests. The G-20 made it clear that this will stop - the communiqué says the selection process will be open, transparent and competitive. But really this is code for saying they will pick someone from an emerging-market country, such as India or BRAZIL (and there are some excellent candidates). The right person in this job could have a huge positive effect on the I.M.F.’s legitimacy.

To make things matters more interesting, the I.M.F.’s managing director is expected by insiders to resign within a year, to resume his (promising) pursuit of the French presidency. The leadership race for the next managing director effectively starts today; the stakes are high, and competition will be intense.

How did the Obama administration pull this off? In a brilliant move, they took the lead by volunteering to open up the selection process for the World Bank, the I.M.F.’s sister organization, which has always been run by an American. The next president of the World Bank is very likely to be Chinese.
Why Is Bolivia Doing (Relatively) Well?

Juan Antonio Morales* and Thomas Trebat - Apr 4, 2009

Many observers of the Latin American economies are wondering why these vulnerable commodity exporters, including the smaller South American economies, are showing more resilience to the current crisis than economies in other parts of the world. Is it because the crisis just has not hit them hard yet, but will eventually? Or could it be that the Latin American economies are benefiting more than we thought from good policies and adequate financial reserves.

One case in point is Bolivia. Bolivia has navigated the turbulence surprisingly well suffering only some glancing blows, at least so far. The Central Bank of Bolivia attributes this benign outcome to favorable “initial conditions”, including a high level of international reserves accumulated during the commodity boom.

Policy choices must also have something to do with the outcome in Bolivia, including management of its crawling peg exchange rate. For all the homage paid to floating exchange rates in Latin America and the consequent fall from grace of fixed exchange rates, Latin economies with inflation targeting frameworks and floating exchange rates are really not coping any better with the crisis than the countries with less fashionable fixed or semi-fixed exchange rate regimes such as Bolivia. (Bolivia’s system can be described as an “incomplete crawling peg”. Translation: an exchange rate that is fixed, but which undergoes high frequency readjustments which are not pre-announced to the public.)

Some Background on Bolivian Policy

Following the Asian crises of the 1990s and the Argentine devaluation crisis in 2001-02, fixed exchange rates fell distinctly out of favor in Latin America. The trend everywhere was to inflation targeting and floating rates, e.g., in Chile, Colombia, Brazil, and Mexico. Bolivia did not follow the trend in the rest of Latin America, preferring to stick to its exchange rate regime, one that had been in place since 1985.

Bolivia’s monetary policy has been based on an exchange rate anchor and, moreover, its financial sector is still highly dollarized making a move to a floating exchange rate a risky proposition, notwithstanding the advice of the IMF. The Bolivian Central Bank has not been rigid in administering the rate, which may explain the longevity of the exchange regime. During the Latin American regional crisis of 1999-2003, for example, the Bank accelerated the rate of crawl (depreciating the currency) which may explain why Bolivia came through that tumultuous period for Latin America relatively unscathed.

Other stylized facts help us to explain why Bolivia seems to be faring relatively well in the current meltdown.

During the commodity price boom, Bolivia accumulated an enormous stock of international reserves - 41 percent of GDP in 2008, twice as high as the corresponding level in Brazil. Note, also, that in Bolivia’s case the reserve gains came from high trade and current account surpluses with little or no contribution from capital flows. Bolivia clearly was better off for being off the investor radar screen: no foreign resident capital flows to begin with, no risk of sudden stop. Fiscal policy has also played an important role in Bolivia with the public sector generating significant savings, erasing a common source of Latin American demand for financing.

The government is not feeling any type of debt distress as the public external debt to GDP ratio is very low (13 percent in 2008) in the wake of debt cancellations, including the Highly Indebted Poor Countries (HIPC) initiative and the Multilateral Debt Relief Initiative (MDRI), which benefited Bolivia substantially prior to the crisis. Given the low level of government debt, potential declines in official aid flows now are not going to have a large impact. (Bolivia was receiving only limited flows of official development assistance in any case because of its institutional weaknesses and the lack of a current program with the IMF.)

Fast Forward to the Global Crisis

Bolivia today challenges the common wisdom about the impact of the global crisis on Latin America. The conventional story is that the fall in commodity prices has to produce current account deficits, barring a sharp reduction in domestic demand which does not appear to be taking place in Bolivia. (The numbers for GDP of the fourth quarter 2008 are not available, but coincident indicators do not suggest a strong slowdown in Bolivia, let alone a recession.) In the absence of capital flows, these current account deficits are usually financed by drawing down on international reserves. The consequent depletion of these reserves undermines consumer confidence, delays investment decisions, and touches off capital flight.

But the “facts on the ground” in Bolivia do not match these pre-conceived ideas. Since the collapse in natural gas and other commodity prices, the Central Bank of Bolivia has lost only a fraction of its huge stock of international reserves. (See Figure 1 below.) Just as surprising, perhaps even puzzling, deposits in the Bolivian banking system have continued to grow, a sign that investor confidence in the economy may be holding up despite the populist rhetoric of the Morales administration. (See Figure 2.)

Indeed, it would appear that some amount of capital has been flowing into Bolivia since the onset of the global crisis, quite possibly in the form of repatriated capital of Bolivian residents. The inflow is boosting the dollar deposits of the commercial banks.[1]

Yes, the trade balance has swung into negative territory, but the small current account deficits which are implicit in the monthly trade data are probably being financed without recourse to the Central Bank reserves. That is why international reserve levels in Bolivia are holding up so well. ( See Figure 3 on trade account balances.) [2]

We believe that the pre-crisis level of international reserves has created sufficient confidence that this time “it will be different” in Bolivia as the crisis plays out. In a twist on the economic models that predict a run on the reserves well before reserves hit bottom as investors fear being the last out the door, this time Bolivia’s high level of reserves made possible only a very limited loss despite the adverse exogenous shocks. This reinforces in our judgment the argument for “rainy day” funds in the context of the Latin American economies.

The Bolivian Central Bank authorities are also claiming that the boom-era policy of very limited appreciation of the exchange rate adjustments, when almost all the other exchange rates of the region were significantly appreciating against the dollar, positioned the Bolivian currency to be very competitive level now while its neighbors, such as Brazil and Argentina, have seen their currencies depreciate. In this view, the Bolivian experience would also vindicate the merits of a fixed exchange rate and of a policy of small discretionary adjustments.[3] However, the optimism of the Central Bank is not fully justified as some real appreciation, while small, has taken place in recent months.

If we turn to fiscal policy, it once again seems as though Bolivia should be able to withstand the pressures of the global shock. The collapse in commodity prices has major implications for the government budget as taxes on hydrocarbons, mainly on natural gas exports, have accounted for over 40 percent of the revenues (12 percent of GDP). Yet the Morales government seems confident it can manage the fiscal gap by drawing on its savings or by borrowing in the domestic market.

Conclusions: Resilience in Latin America?

Bolivia’s passage through the global turmoil suggests a more resilient policy framework and more favorable initial conditions than outside observers may have realized. The fixed rate exchange rate system may be unfashionable, but it appears to have contributed to relatively moderate inflation, financial stability, and a very high level of international reserves. Fiscal policy in Bolivia will be affected by the decline in hydrocarbon taxes, but the government has created a cushion of deposits and maintained a virtually spotless record of repaying domestic debt, hence retaining access to internal financing. President Morales’ occasionally fierce rhetoric notwithstanding, Bolivian fiscal policy has remained in his administration quite restrained.

So what lies ahead for Bolivia? The government is betting on a five percent rate of GDP growth for 2009, only slightly lower than the rate for 2008, with internal demand as the main driver. Private analysts, meanwhile, are predicting a sharp contraction as only a matter of time when the full impact of the collapse in natural gas prices works its way through to domestic demand.

Whatever the impact on short-term GDP, our judgment is that Bolivia has some important lessons to teach the emerging world on how to withstand a global financial shock. The new populism in Latin America has many faces, it turns out. Populists such as Morales may be governing with a better sense of budget constraints than others in the hemisphere or the more infamous populists of Latin America’s past. And deliberate policy actions led to a large accumulation of international reserves and stable levels of bank deposits. Enormous problems remain, of course, but Bolivia has some reasons to be optimistic about the medium-term growth outlook. In other words, the particular Bolivian version of Latin American populism may be worth a closer look.

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*Juan Antonio Morales is a former president of the Central Bank of Bolivia. Currently, he is a visiting professor at Columbia University.
[1] As Bolivia is highly dollarized, capital movements are not perfectly tracked by the Central Bank, so we cannot say for sure.
[2] Recent current account numbers are not yet available, but we can observe in big declines in the trade balance data and an actual deficit in January 2009. This usually implies that the overall current account has swung into a deficit.
[3] While the possibility to use the crawl is still there the Central Bank has completely stopped adjusting the currency.
Ex-diretor da Sadia será processado por acionistas

Através de uma assembléia organizada ontem (06/04), os acionistas da Sadia aprovaram, por unanimidade, uma ação por responsabilidade contra o ex-diretor financeiro da companhia, Adriano Lima Ferreira, após severos prejuízos causados à Sadia com a celebração de operações com derivativos. Não contando o severo tombo levado nas cotações dos ativos da empresa negociados na Bovespa (atual BM&F Bovespa), a operação sem sucesso levou a Sadia divulgar um prejuízo de R$ 2,484 bilhões no acumulado de 2008, o pior de toda história da empresa, com atualmente 64 anos.
FRASE DO DIA

"O HOMEM É AQUILO QUE SABE."

Francis Bacon

domingo, 5 de abril de 2009

Seja mais discreto, Lulinha

Por Maurício Lima | 03/04/2009 - 09:35

Ex-monitor do Zoológico de São Paulo, Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, tornou-se durante o governo do seu pai, o presidente Lula, um empresário de sucesso. A história é conhecida e veio a público a partir de uma reportagem da revista Veja. Em linhas gerais, Lulinha criou uma empresa e, pouquíssimo tempo depois, fechou um acordo milionário com a Oi/Telemar. Seu pai, mais tarde, comparou tal sucesso ao do jogador de futebol Ronaldo, hoje no Corinthians. Um seria o fenômeno dentro de campo e o outro, no mundo dos negócios.

Desde então, e lá se vão mais de três anos, os rumores sobre a trajetória meteórica do filho do presidente só aumentaram. Uns dizem que ele tem comprado fazendas cinematográficas, outros garantem que ele possui empresa de biodiesel, é sócio de frigorífico e de uma penca de outros negócios que o governo tem apoiado ou financiado nos últimos tempos. Vamos combinar que o garoto não deve estar metido em todas estas encrencas ao mesmo tempo. Seria, de fato, uma performance de fenômeno. As histórias, porém, não param de circular.

Contribui (e muito) para tal profusão de boatos o comportamento, digamos, espalhafatoso do filho do presidente. Ontem, por exemplo, ele almoçou com amigos no restaurante La Tambouille, um dos mais sofisticados de São Paulo. Nas últimas semanas, tem sido visto também na academia Reebok, do Cidade Jardim, o mais novo shopping de luxo da capital paulista. Detalhe: alguns desses deslocamentos são feitos de helicóptero.

Nada impede que um empresário bem-sucedido, assim como Lulinha, cruze os céus de São Paulo a bordo de um helicóptero ou coma nos melhores restaurantes de Paris, Londres ou Nova York. Mas em se tratando do filho do presidente e das suspeitas que pairam sobre sua ascensão, não seria melhor adotar um estilo de vida mais austero? O que há de errado em ir de carro, ou mesmo de moto, para a academia?

Brilhante general e estrategista, o cônsul romano Júlio César eternizou-se, entre tantas outras façanhas, por uma frase: "A mulher de César não deve ser apenas honesta. Ela deve parecer honesta". O mesmo vale para a mulher, os filhos e os colaboradores do presidente da República.
Inpar reduz prejuízo em 2008 para R$ 74,97 milhões

Valor Online - 31/03/2009 19:26


SÃO PAULO - A incorporadora imobiliária Inpar informou hoje que teve prejuízo de R$ 74,97 milhões em 2008, o que significa uma perda 19% menor que a registrada em 2007, de R$ 92,60 milhões (de acordo com dados pro forma para atender às mudanças da lei 11.638). Também no ano, a empresa teve receita líquida de R$ 566,78 milhões, com salto de 147% sobre 2007, quando somou R$ 229,06 milhões.

Em termos operacionais, a empresa teve lançamentos com Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 821 milhões no ano passado, ante R$ 1,353 bilhão em 2007. As vendas contratadas somaram R$ 1,035 bilhão em 2008, com uma alta de 146% em relação ao exercício anterior.

sábado, 4 de abril de 2009

OCDE divulga lista de países enquadrados como paraísos fiscais

Valor Online - 02/04/2009 20:03

SÃO PAULO - Na esteira das decisões tomadas hoje pelos líderes do G20, que preveem, entre outras ações, maior controle de paraísos fiscais, a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou hoje uma lista dos países que, na sua visão, não estão sendo nada colaborativos com o processo de combate à evasão fiscal, que vem sendo buscada pela organização há alguns anos. São eles: Costa Rica, Malásia, Filipinas e Uruguai.Há também a lista de países e territórios em que estão sendo implementados esforços na fiscalização, como China, Argentina, Rússia, México, Turquia, Africa do Sul, além da maior parte dos desenvolvidos, incluindo Estados Unidos e grandes nações europeias.

Já na lista de países e jurisdições que firmaram compromisso de colaboração, mas ainda não fizeram nada de efetivo em sua política fiscal para isso, estão os paraísos mais conhecidos: Aruba, Bahamas, Antigua e Barbuda, Bermudas, Ilhas Cayman, além de outros 31 jurisdições. Na mesma condição estão outros centros financeiros como Áustria, Bélgica, Chile, Suíça Guatemala e Cingapura, entre outros.
O Brasil não aparece em nenhuma das listas.
FRASE DO DIA

"SOMENTE QUANDO FOR CORTADA A ÚLTIMA ÁRVORE, PESCADO O ÚLTIMO PEIXE, POLUÍDO O ÚLTIMO RIO, É QUE AS PESSOAS VÃO PERCEBER QUE NÃO PODEM COMER DINHEIRO."

Provérbio indígena

quinta-feira, 2 de abril de 2009

ABYARA PLANEJAMENTO IMOBILIÁRIO S.A.

COMPANHIA ABERTA
CNPJ Nº. 07.794.351/0001-60
NIRE 35.300.328.337

Ata da Reunião do Conselho de Administração
realizada em 27 de março de 2009

Data, Hora e Local: Aos 27 de março de 2009, às 17:00 horas, na sede social da Companhia, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Avenida Ibirapuera, 2332, Torre Ibirapuera I – 12º andar.

Convocação e Presenças: Dispensada a convocação, tendo em vista a presença da totalidade dos membros do Conselho de Administração. Presentes também, como convidados, o Sr. Fernando Pedroso dos Santos – Diretor de Operações, Sra. Ana Graciela Heugas Granato – Diretora Financeira e de Relação com Investidores e a Dra. Natalia Maria Fernandes Pires – Diretora Jurídica. Composição da Mesa: Presidente: Astério Vaz Safatle; Secretária: Natalia Maria Fernandes Pires.

Ordem do Dia: (i) Apreciar o Relatório da Administração, as contas da Administração e as Demonstrações Financeiras da Companhia relativas ao exercício fiscal findo em 31.12.2008, bem como o Parecer dos Auditores Independentes, para sua submissão à Assembléia Geral; (ii) Deliberar sobre a proposta de orçamento de capital da Companhia para o exercício social de 2009; (iii) Deliberar sobre a proposta de destinação do lucro líquido da Companhia auferido no exercício social findo em 31.12.2008, para submissão à Assembléia Geral; e (iv) Autorizar a publicação de Edital de Convocação para a realização de Assembléia Geral Ordinária, a fim de deliberar sobre as propostas aprovadas nesta reunião.

Deliberações: Aberta a sessão, o Presidente do Conselho de Administração deu voz ao Sr. Fernando Pedroso dos Santos, Diretor de Operações da Companhia, que fez uma apresentação acerca das contas da Administração, do Relatório da Administração e das Demonstrações Financeiras da Companhia referentes ao exercício social findo em 31.12.2008, bem como o parecer dos Auditores Independentes. Após a apresentação do Sr. Fernando Pedroso dos Santos, os trabalhos foram suspensos pelo tempo necessário para a avaliação do material pelos membros do Conselho de Administração. Retomados os trabalhos, os membros do Conselho de Administração unanimemente deliberaram por:

(i) Aprovar, ad referendum da Assembléia Geral, as contas da Administração, o Relatório da Administração e as Demonstrações Financeiras da Companhia referentes ao exercício social findo em 31.12.2008;

(ii) Aprovar, ad referendum da Assembléia Geral, o orçamento de capital para o exercício social de 2009;

(iii) Aprovar, ad referendum da Assembléia Geral, a seguinte proposta de destinação do lucro líquido apurado ao final do exercício social de 2008, no valor de R$ 30.296.172,44 (Trinta milhões, duzentos e noventa e seis mil, cento e setenta e dois reais e quarenta e quatro centavos)

(a) R$ 1.888.877,29 (Hum milhão, oitocentos e oitenta e oito mil, oitocentos e setenta e sete reais e vinte nove centavos), correspondente a 5% (cinco por cento) do lucro líquido apurado, será destinado à Reserva Legal, de acordo com o art. 193 da Lei nº 6.404/76, conforme alterada (“Lei das S.A.”);

(b) R$ 5.647.167,14 (Cinco milhões, seiscentos e quarenta e sete mil, cento e sessenta e sete reais e quatorze centavos), correspondente ao dividendo mínimo obrigatório equivalente a 25% (vinte e cinco por cento) do lucro líquido, será destinado para reserva especial, não havendo distribuição de dividendos aos acionistas, por ser incompatível com a atual situação financeira da Companhia, em consonância com o disposto no art. 202, § 4º da Lei das S.A (“Reserva Especial”). A Reserva Especial será utilizada para (x) absorver prejuízos eventualmente verificados em exercícios sociais subseqüentes; ou (y) pagamento de dividendo aos acionistas, quando a situação financeira da Companhia o permitir, nos termos do art. 202, § 5º da Lei das S.A. , e

(c) o valor remanescente, no montante de R$ 16.941.501,41 ( Dezesseis milhões, novecentos e quarenta e um mil, quinhentos e um reais e quarenta e um centavos), será destinado para Reserva de Investimento, em conformidade com o orçamento de capital ora aprovado.

(iv) Autorizar a diretoria a publicação do Edital de Convocação para a realização de Assembléia Geral Ordinária da Companhia, a fim de deliberar sobre todas as propostas acima aprovadas.

Encerramento e Lavratura: Nada mais havendo a ser tratado, foi a presente ata lavrada, lida, conferida, e por todos assinada. Assinaturas: Mesa: Presidente: Astério Vaz Safatle; e Secretária: Natalia Maria Fernandes Pires. Membros do Conselho de Administração: Christian Villela Klotz, Didier Maurice Klotz, Astério Vaz Safatle, Maílson Ferreira da Nóbrega e Carlos Tonanni.

São Paulo, 27 de março de 2009.
Abyara registra lucro líquido de R$ 31 milhões ao longo de 2008

Por: Vitor Silveira Lima Oliveira
InfoMoney - 31/03/09 - 07h50

SÃO PAULO - A companhia do setor imobiliário Abyara (ABYA3) divulgou na última segunda-feira (30), após o fechamento do mercado, seus resultados referentes ao quarto trimestre de 2008 e ao consolidado de 2008.

Após obter prejuízo líquido de R$ 1,912 milhão em 2007, a companhia registrou ganhos consolidados de R$ 30,2 milhões no ano passado, ao passo em que sua receita líquida chegou a R$ 261,0 milhões, valor 54,7% superior ao obtido nos doze meses anteriores.

Ritmo menor
Os lançamentos ao longo de todo o ano de 2008 totalizaram R$ 875 milhões. Contudo, a empresa informou que não houve oferta de novos empreendimentos ao longo dos últimos três meses do ano. Já as vendas contratadas totalizaram R$ 1,046 bilhão.

O Ebitda (geração operacional de caixa) da Abyara atingiu R$ 133,2 milhões no ultimo ano, valor quase dez vezes superior ao obtido no mesmo período de 2007.
¿ QUIÉN ES QUIÉN ? : Enrique Bañuelos de Castro

De vendedor de miel a millonario con letra mayúscula, de los que aparecen en la lista de Forbes. Enrique Bañuelos de Castro es, a sus 43 años, uno de los doce privilegiados españoles que, pese a la crisis, todavía sobrevive dentro del famoso ranking, para el que es necesaria una fortuna mínima de 1.000 millones de dólares. En 2007 entraba por primera vez en él y lo hacía por la puerta grande, en el puesto 95 y con 7.700 millones de dólares bajo el brazo.

Entonces, según la publicación, Bañuelos podía presumir de ser la tercera fortuna de España, sólo por detrás de Amancio Ortega y el fallecido Rafael del Pino, y por delante de nombres como las hermanas Koplowitz, Jesús de Polanco, Emilio Botín o Florentino Pérez. Era la edad dorada del sector inmobiliario y del propio Bañuelos.

Ahora, su fortuna es algo más modesta: 1.000 millones de dólares, según la revista. Suficientes, no obstante, para aparecer en el ranking de los mil millonarios del que se han caído seis españoles, algunos de ellos muy vinculados al ladrillo como Juan Abelló, Luis Portillo, Luis del Rivero o José Manuel Loureda.

La compra de una constructora en Brasil, el último ranking de Forbes y los juzgados -acaba de ser exculpado de utilizar información privilegiada durante la OPA de Martinsa sobre Fadesa en septiembre de 2006 - han sacado al empresario valenciano del ostracismo y lo han devuelto, por unos días, a la actualidad financiera nacional.

Oriundo de Sagunto, el joven valenciano se convirtió en un auténtico fenómeno mediático en el cénit de la burbuja inmobiliaria con la creación y salida a bolsa, en 2006, del Imperio Astroc – en la actualidad Afirma-. Sólo en los primeros meses de 2007, hasta que dimitió como presidente de la inmobiliaria, se escribieron más de 5.000 informaciones sobre él. Pese a ello, quienes le rodean aseguran que nunca se ha sentido acosado por los medios de comunicación, sino sorprendido por el exceso de atención que se prestaba a su persona.

Entre la élite empresarial española

Fue la imagen de la fiesta del ladrillo y, después, de la resaca final. Astroc fue su creación, su criatura, la misma que lo devoró y que hoy lo ha traído de vuelta del anonimato. Enrique Bañuelos se convirtió en la sensación empresarial entre 2006 y 2007. Raro era el día en el que él o su compañía, entonces Astroc Mediterráneo, no inundaban las páginas de los periódicos, ya fuera por las subidas estratosféricas del valor en bolsa, por su incursión en Banco Sabadell como primer accionista individual, o por la presentación en la sociedad neoyorquina de la Fundación Astroc en pleno Central Park, con paella para 20.000 invitados incluida.

Eran tiempos en los que el joven empresario se codeaba con las grandes fortunas, comía en los mejores restaurantes y viajaba en avión privado de una ciudad a otra. Tan pronto estaba en Nueva York, en Valencia o Madrid, como acompañaba, junto a otros empresarios, al Príncipe Felipe a la Casa Blanca con George Bush.

Sin embargo, llegar a la cima no fue un camino fácil. Bañuelos es un hombre hecho a sí mismo, como en más de una ocasión han recogido las historias que se han escrito en torno a su figura. Fortune: Self made, reza la ficha de Forbes sobre su trayectoria.

Sus orígenes son humildes. Huérfano de padre a los nueve años, Bañuelos agudizó su ingenio cuando la industria siderúrgica en la que trabajaba su progenitor, en Sagunto, fue desmantelada. Aprovechó las ayudas que entonces daba el gobierno local para fomentar nuevos negocios y montó junto a varios amigos 'Miel de Luna', una compañía que comercializaba miel y productos derivados. Eran sólo los primeros pasos hacia el camino del éxito y todo a base de duro trabajo.

Con la licenciatura de Derecho bajo el brazo y con apenas 25 años, Bañuelos empezó a levantar lo que hoy se conoce como Grupo Astroc. Para ello se sirvió de la Ley Reguladora de la Actividad Urbanística de la Comunidad Valenciana, hoy derogada. Esta ley permitía la figura del promotor de proyectos urbanísticos sin necesidad de ser el dueño del suelo. Bastaba con presentar un proyecto para un determinado terreno, normalmente rústico, y que lo aprobara la Comunidad.

Eran los comienzos de la ‘era Astroc’: 5.000 viviendas en la localidad de Canet d’En Berenguer a las que siguieron numerosas promociones por toda la Comunidad Valenciana, primero, y por el resto de España, después. Su aventura inmobiliaria estaba en marcha y alcanzaba su máximo apogeo con la salida a bolsa en mayo de 2006. La compañía protagonizó una escalada meteórica. Debutó a 6,77 euros y en nueve meses, los títulos rozaron los 75 euros. La criatura de Bañuelos crecía: compraba la inmobiliaria Lanscape para crecer en Cataluña y el 60% de Rayet Inmobiliaria, para operar en Madrid.

Fin de un sueño

Sin embargo, en febrero de 2007 comenzó la pesadilla, la debacle bursátil de Astroc y el principio del fin de Bañuelos al frente de la misma. En apenas dos meses, la inmobiliaria se hundió en bolsa. Los ‘cortos’ tumbaron el valor. Mientras muchos inversores seguían apostando por la inmobiliaria valenciana, cuyas acciones no paraban de subir y día a día marcaban máximos históricos, varios fondos compraron casi dos millones de títulos prestados y apostaron con fuerza porque el valor caería con fuerza gracias al préstamo de acciones.

El sueño de Bañuelos quedaba reducido a pedazos y él, condenado al olvido. En julio de 2007 abandonaba la presidencia de la inmobiliaria, aunque todavía sigue vinculado a ella con el 3,3% del capital. Quienes le conocen, aseguran que fue una experiencia muy dura, aunque ha seguido adelante. "Seguiré trabajando que es lo que he hecho toda mi vida", respondía a quienes le preguntaban sobre su futuro. Salió del Banco Sabadell y se dedicó en cuerpo y alma a gestionar las inversiones de su sociedad CV Capital, sin dejar de lado el negocio inmobiliario.

Brasil ha sido, en esta ocasión, el destino elegido para sus proyectos. A través de la empresa brasileña Veremonte, en la que participan otros inversores, compró hace unas semanas una inmobiliaria local, Abyara, por 13 millones de euros, con una importante cartera de suelo en Sao Paulo. La operación no ha sido en solitario, sino con la constructora brasileña Agra, una de las grandes firmas del negocio residencial local. Bañuelos vuelve a la carga. Ha desempolvado el tablero del monopoly, ha lanzado los dados y ha movido ficha.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Tenda quer captar R$ 600 milhões com debêntures atreladas à TR

Valor Online - 27/03/2009

SÃO PAULO - A incorporadora imobiliária Tenda, controlada pela Gafisa, pretende captar R$ 600 milhões por meio da emissão de debêntures. A empresa divulgou hoje um edital de convocação de assembleia de acionistas, para que eles aprovem a operação.De acordo com os termos apresentados, a companhia planeja vender papéis com vencimento em 1º de abril de 2014, com rendimento de Taxa Referencial (TR) mais um spread fixo de 8% ao ano. A debênture a ser emitida prevê ainda um prazo de carência de três anos para o início do pagamento dos juros.
A assembleia foi marcada para o dia 14 de abril.
Gafisa vai estruturar fundo de recebíveis de R$ 105 milhões

Valor Online - 30/03/2009 19:43

SÃO PAULO - A incorporadora imobiliária Gafisa informou hoje que seu conselho de administração aprovou a captação de R$ 105 milhões por meio da estruturação de um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC).A informação consta de ata de reunião do conselho ocorrida no último dia 17 de março.