segunda-feira, 28 de setembro de 2009

OAB vai questionar PEC dos Vereadores no STF se ela retroagir, reafirma Britto

Brasília, 24/09/2009 -

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Cezar Britto, reafirmou hoje (24) que o Conselho Federal da OAB pode ingressar com ação direta de inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal contra a chamada PEC dos Vereadores,caso ela venha a retroagir a 2008 para garantir a posse aos suplentes de vereadores. A emenda constitucional, promulgada na quarta-feira, criou 7.709 vagas de vereadores no País.

"A retroatividade nesse caso seria um atentado contra a democracia, repito, pois uma de nossas grandes conqusitas foi fixar o princípio da anterioridade no que se refere ao processo eleitoral", sustentou o presidente nacional da OAB.

Sobre o tema, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Carlos Ayres Britto, afirmou entender que os efeitos da emenda só valem para a eleição de 2012. Em entrevista concedida hoje, ele lembrou que em 2007 a Corte editou resolução na qual estabeleceu o dia 30 de junho de 2008 como data-limite para promulgação de uma emenda constitucional alterando o número de vereadores da atual legislatura.

O presidente do TSE explicou que não comentaria se a emenda vai ser cumprida ou não porque nesse caso seria avaliar a sua constitucionalidade. Disse ainda que não se pronunciaria sobre a constitucionalidade ou não da emenda, uma vez que OAB já sinalizou que entrará no STF com uma Adin e, nessa hipótese, o ministro teria que atuar como julgador do tema.
PEC dos vereadores é precedente gravíssimo para a democracia brasileira

Brasília, 23/09/2009 -

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, classificou hoje (23) como um "precedente gravíssimo" retroagir a 2008 as regras eleitorais para garantir a possibilidade de posse dos vereadores suplentes, conforme previsto na Proposta de Emenda Constitucional (PEC) nº 336/09.

A PEC foi aprovada na Câmara noite desta terça-feira e prevê, além da retroatividade, um aumento em cerca de 7 mil do número de vagas nas câmaras de vereadores.

"Retroagir o que prevê a PEC para os atuais mandatos é jogar contra a democracia, pois uma de nossas grandes conquistas foi fixar o Princípio da Anterioridade no que se refere ao processo eleitoral. As regras eleitorais, por sua importância, devem ser conhecidas um anos antes dos pleitos. Jamais, em hipótese alguma, dois anos depois", afirmou Britto.

Ainda na avaliação feita hoje pelo presidente nacional da OAB, trata-se de um "paradoxo visível" a aprovação da PEC também no que se refere ao aumento do número de vagas nas câmaras de vereadores de todo o país. "Se fosse possível, estaríamos dando carta branca ao Congresso Nacional para aumentar o numero de deputados, senadores, aumentar o tempo dos mandatos ao sabor da conveniência de plantão", critica Cezar Britto, acrescentando que se a retroatividade for aplicada o Conselho Federal da OAB ajuizará uma ação junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) para fazer valer a Constituição Federal.

"A democracia brasileira tem regras claras que precisam se respeitadas, especialmente por aqueles que têm a competência de elaborar as leis do país. Caso a retroatividade seja aplicada, temos certeza de que o Supremo a declarará inconstitucional", afirmou o presidente nacional da OAB.

A PEC 336/09 foi aprovada pela Câmara dos Deputados por 380 votos a favor, 29 votos contra e duas abstenções. A partir dela, o total de vagas nas câmaras cresce de 52 mil para 59 mil.
Óleo de cozinha descartado em tubulação especial de prédio

Extra, 20/set

O condomínio Barra Sunday, que será inaugurado em 2010, terá um sistema inovador para descarte de óleo de cozinha usado - material que os moradores dificilmente sabem como jogar fora. Os quatro prédios do condomínio, que estão sendo erguidos pela construtora Santa Isabel, terão uma tubulação especial nos corredores, ao lado das lixeiras.

Segundo a Protel, que administrará o condomínio, a tubulação especial irá até um tambor, que armazenará todo o óleo usado, que será coletado por uma empresa de reciclagem, em troca de material de limpeza para o condomínio.

- É uma instalação barata, como se fosse um tubo normal de esgoto, de cem milímetros. Além de reduzir o impacto ambiental, trará economia para os moradores - disse Alfredo Lopes, diretor da construtora Santa Isabel e da Protel, administradora de condomínios.
De carona no discurso alheio

O Globo, Tatiana Farah, 25/set

No melhor estilo "quem faz mais", a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff (PT), e o governador de São Paulo, José Serra (PSDB), se encontraram na inauguração de uma feira de imóveis e condomínios ontem em São Paulo, promovida pelo Secovi, o Sindicato da Habitação, e desdobraram-se para contar feitos dos governos estadual e federal na área de moradia popular. Os dois são pré-candidatos à Presidência da República.

Dilma disse que o governo Lula destinou R$ 38 bilhões este ano à habitação. E tomou emprestado o discurso do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama:

- O Brasil pode erguer a cabeça e dizer: Sim, é possível. Sim, nós fizemos - afirmou Dilma, numa referência ao mote de Obama: "Sim, nós podemos".

Em outro momento, ao falar com os empresários que, por ser brasileira, ela não se "conformaria" com os mesmos R$ 38 bilhões, Dilma lembrou da propaganda de Lula: - Aquela propaganda que diz "o brasileiro não desiste nunca" tem de ser completada. O brasileiro não se conforma nunca.

Serra parodiou Lula, usando expressões como "nunca se fez tanto em São Paulo pela habitação" para promover o seu governo diante dos empresários. Apesar dos discursos de disputa, o clima entre eles era de cordialidade. Dilma e Serra se cumprimentaram com dois beijinhos no rosto e caminharam pela feira. O governador tucano interrompeu uma coletiva não programada para que a ministra desse sua entrevista, e aguardou que ela terminasse para voltar a conversar com os repórteres.

O governador destacou as parcerias do estado com o governo federal na construção de moradias populares. Mas afirmou: - Mas isso sempre foi uma marca da política habitacional de São Paulo.

Para Serra, o "pior da crise já chegou":

- A tendência agora é melhorar. Quanto vai melhorar, é incerto. Como sou economista, não faço previsões. Mas, sem dúvida, o pior já passou - disse Serra.
Cobrança de laudêmio está com os dias contados

Jornal do Brasil, 21/set

Tributo cobrado por transferências de imóveis em locais litorâneos, o laudêmio está prestes a deixar de existir. O primeiro passo dado foi sua suspensão por tempo indeterminado, após provarem controvérsias em sua cobrança na região oceânica de Niterói e em algumas localidades litorâneas do Rio. A decisão foi tomada pela desembargadora Salete Maccalóz, da 7ª turma especializada do TRF.

- Na região oceânica de Niterói, ocorreu um fato que causou mobilização.

As pessoas compravam imóveis e não eram informadas sobre a obrigatoriedade de pagar o laudêmio. Tiravam certidões, documentos e nenhuma irregularidade era apontada até tentarem vender o imóvel. Neste momento, este imposto passava a ser exigido para a venda ser oficializada - explica o presidente da Associação dos Moradores do Jardim Imbuí, em Niterói, Renan Lacerda.

A estranheza da situação levou o deputado estadual Paulo Ramos (PDT) a abrir CPI para apurar o porquê de a cobrança estar sendo feita desta maneira. O advogado da associação dos moradores, José Marinho dos Santos, conseguiu três decisões contra a Secretaria de Patrimônio da União, numa delas suspendendo a cobrança deste imposto por tempo indeterminado.

A suspensão abre brecha para outras medidas mais fortes contra o laudêmio, como a diminuição do valor bruto do imposto, bem como o fim definitivo dele.

- Gostaríamos de saber também onde foi parar esse dinheiro de imposto pago até aqui, pois dizem que ele vai para a Marinha, mas esta nunca nos proporcionou nada - reclama Renan.
Prioridade para idosos

Extra, 20/set

Os senadores da Comissão de Assuntos Sociais (CAS) aprovaram relatório do senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO) sobre um projeto da Câmara dos Deputados que estabelece prioridade aos idosos na escolha de unidades térreas, em programas habitacionais. A matéria passou pela Comissão de Direitos Humanos e vai a plenário.
Otimismo volta ao mercado imobiliário depois da crise

Extra, 27/set

A crise financeira mundial começa a dar trégua. Pelo menos, essa é a sensação do mercado imobiliário, que dá sinais de reaquecimento. De acordo com a 40ª Sondagem Nacional da Indústria da Construção, de maio para agosto, aumentou em 43,1% a percepção favorável dos empresários do setor sobre o crescimento econômico do país em 2009. Na pesquisa, as empresas demonstraram otimismo em relação ao seu desempenho atual e dos próximos meses.

- No primeiro semestre, sentimos uma retração no mercado. Os clientes estavam com medo da crise e seguraram os investimentos. Mas agora há uma retomada dos investimentos, trazendo de volta os patamares do primeiro semestre de 2008 - disse Rafael Motta Duarte, sócio-diretor da Percepttiva Comunicação, que presta consultoria de marketing imobiliário para construtoras como Wrobel e Agra, MDL, Cyrela e Zayd.
R$ 100 bilhões e emprego de volta
Jornal do Brasil, Natália Pacheco, 27/set


A oferta de crédito para a aquisição de moradias e os programas de Aceleração do Crescimento (PAC) e Minha Casa, Minha Vida - ambos do governo federal - vão garantir investimentos da ordem de R$ 100 bilhões e a criação de mais 800 mil postos de trabalho no setor de construção civil em 2010. Com isso, o número de empregados formais no segmento deve chegar a 3 milhões no próximo ano - marca registrada apenas no início da década de 80, período anterior à estagnação que o setor passou por quase 20 anos.

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Rio de Janeiro (Sinduscon-RJ), Roberto Kauffmann, detalha a soma dos investimentos: R$ 30 bilhões dos recursos provenientes das cadernetas de poupança, R$ 20 bilhões do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e R$ 50 bilhões do PAC e do Minha Casa, Minha Vida.

O aumento do investimento do setor no próximo ano em relação aos recursos de 2009 é da ordem de 10%, considerando os R$ 90 bilhões que estão sendo investidos neste ano. E a razão da diferença é o programa de habitação do governo. Segundo o executivo, o "grosso do programa" será aprovado no próximo ano.

Enquanto setores chaves da economia estimam que 2009 foi um ano perdido, como a indústria de máquinas e equipamentos, têxtil, siderurgia e mineração, os efeitos da crise financeira internacional na construção civil já foram superados, garante o presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic), Paulo Safady Simão.

- Atravessamos a crise muito bem. Os 110 mil empregos perdidos no setor entre novembro e dezembro do ano passado já foram recuperados. A construção civil criou mais de 151 mil postos de trabalho no acumulado deste ano, cerca de 25% do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do país - ressaltou Simão.

A previsão do presidente da Cbic é que o setor encerre o ano com queda de 5% em relação aos 8% de 2008, mas com crescimento de 3% quando comparado a 2007.

20 anos de abandono

Apesar do bom resultado nos últimos três anos - o Produto Interno Bruto (PIB) do segmento passou de 4,7% em 2006 para 8% em 2008 - a construção civil ficou cerca de 20 anos estagnada. Desde a extinção do Banco Nacional da Habitação (BNH) em 1986, o setor ficou "abandonado".

- Quando o PIB do setor crescia, caía logo no ano seguinte. Desde 2005, esse processo se reverteu. Prova disso é o número de trabalhadores, que passou de 1,5 milhão, em 2005, para 2,2 milhões até agosto deste ano - disse o diretor-executivo do Sinduscon-RJ, Antônio Carlos Mendes Gomes.

Para o executivo, a decisão do governo em utilizar o setor como um instrumento de combate a crise para gerar emprego, renda e investimento para o país foi acertada, já que é um setor que demanda um número elevado de mão de obra.

- Além do PAC, que é anterior ao colapso econômico mundial, e do Minha Casa, Minha Vida, a construção civil foi beneficiada com a expansão da oferta de crédito para o financiamento imobiliário e a redução da taxa básica de juros (Selic) - explicou Mendes Gomes.

Mas a atenção do governo para a construção civil deve continuar para que o déficit habitacional do país - atualmente de 8 milhões de moradias - seja eliminado nos próximos 15 anos. O diretor de Economia do Sinduscon-SP, Eduardo Zaidan, contou que há um Projeto de Lei no Congresso, que prevê a destinação de 2% de recursos da União e 1% dos estados e municípios para manter investimentos públicos em habitação.

- O Minha Casa, Minha Vida mostrou para o governo a importância de institucionalizar regras para a habitação. Há anos o país necessita de um fluxo financeiro destinado a acelerar os recursos para a baixa renda adquirir um imóvel destacou Zaidan.

Reação

O Índice de Vendas elaborado pela Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat) registrou crescimento pelo quarto mês consecutivo do faturamento do mercado interno 1,28% em agosto comparado a julho. A reação do setor se deve em parte às medidas de estímulo anunciadas pelo governo, como a ampliação da validade do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) reduzido para materiais até o fim deste ano.

Entretanto, a associação prevê fechar este ano com um resultado 5% inferior ao de 2008. Ainda assim, esta nova previsão representa um crescimento real de 8% em relação a 2007, refletindo uma evolução mais realista do setor no ambiente pós-crise, de acordo com o presidente da Abramat, Melvyn Fox.

- O ano passado foi atípico. O segmento cresceu 14% em 2008. Vínhamos crescendo fortemente, mas a freada a partir do último trimestre, nos levou de volta aos patamares de 2007, mais próximos da realidade - explica Fox.
Otimismo

Jornal do Commercio, Marcia Peltier, 28/set

O ministro Marcio Fortes ficou animado com o último balanço do programa Minha Casa Minha Vida. Ele acredita que, pelo número de propostas de empreendimentos, até junho de 2010 serão erguidas mais 600 mil unidades habitacionais, atingindo a meta traçada pelo governo. Isso porque, de acordo com os termos de adesão das prefeituras ao programa, o índice chegou a 96% em municípios com mais de cem mil habitantes e a 86% em cidades com população entre 50 mil a cem mil pessoas. É em localidades com essa faixa demográfica que se encontra o maior déficit de moradias no país.
BB vai liberar R$ 100 milhões para Minha Casa, minha vida

Jornal do Commercio, Chiara Quintão, 28/set

O Banco do Brasil estima que os contratos de financiamento à produção nos moldes do programa habitacional Minha Casa, Minha Vida a serem assinados pelo banco este ano com empresas do setor de construção vão somar R$ 100 milhões. Segundo o diretor de Empréstimos e Financiamentos da instituição, Nilson Martiniano Moreira, isso representa 10% do total de financiamento imobiliário que o banco pretende conceder em 2009.

A intenção é que de 3 mil a 4 mil unidades incluídas no Minha Casa, Minha Vida sejam financiadas este ano. Até 2011, o Banco do Brasil quer participar do financiamento de 10% do total de unidades do programa. A maior parte dos desembolsos deve ocorrer no ano que vem.

O primeiro contrato do Banco do Brasil de financiamento a produção enquadrado no programa, com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), é com a Cyrela Brazil Realty, no valor de R$ 9,8 milhões.

Os recursos serão destinados à primeira fase do Marcco Sorocaba, da Living Construtora, empresa pela qual a Cyrela atua no segmento econômico, e da Plano & Plano Construções e Participações. Outras empresas como Rossi Residencial e Tenda já apresentaram projetos ao Banco do Brasil, segundo Moreira.

Os contratos de financiamento direto ao comprador pelo Banco do Brasil nos moldes do programa devem começar a ser assinados no fim do ano, com projeto-piloto. A liberação efetiva dos recursos para essa finalidade será a partir de 2010. A PDG Realty é uma das empresas interessadas nessa modalidade, de acordo com o representante do Banco do Brasil.

No programa habitacional, o banco vai atuar no crédito para empreendimentos do programa situados na faixa de três a dez salários mínimos, com financiamento de até 90% do valor do imóvel e prazo de até 30 anos.

O Banco do Brasil começou a atuar na concessão de crédito imobiliário com recursos próprios em 2007. Em junho do ano passado, a instituição financeira passou a operar no financiamento imobiliário também com recursos da poupança.
Muito além da construção de casas

Jornal do Brasil, Gabriel Costa, 27/set

A expansão da habitação no Brasil cria necessidades além da construção de novas residências. De acordo com dados divulgados recentemente na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), o número de moradias no Brasil aumentou de maneira significativa em relação ao avanço do número de famílias, com redução do número de habitantes por domicílio. A mudança no perfil habitacional, somada à necessidade de redução do déficit estimado em 8 milhões de moradias, demanda também toda a infraestrutura correspondente de saneamento básico, coleta de lixo, transporte e fornecimento de água e energia.

- Esse processo causa um impacto imenso junto à estrutura urbana, e o grande desafio para a construção da infraestrutura é reduzir os custos - avalia Fernando Arbache, especialista em infraestrutura, logística e inteligência de mercado.

No ano passado, de acordo com os dados da Pnad, 1,886 milhão de domicílios passaram a contar com rede de coleta de esgoto, para um total de 48,296 milhões de moradias com acesso ao serviço em todo o país, enquanto 83,9% das residências tinham abastecimento de água. Cerca de 50,590 milhões de lares tiveram acesso ao serviço de coleta de lixo, 1,882 milhão a mais que no ano anterior. A iluminação elétrica atingiu 98,6% dos lares em 2008. Especialistas ressaltam, no entanto, que os dados não necessariamente são tão animadores como podem parecer, uma vez que a pesquisa não mede a qualidade desses serviços.

Paralelamente, um estudo divulgado esta semana pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) destacou que o Brasil tem demorado para executar recursos vinculados aos investimentos em infraestrutura, principalmente relativos ao Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).

O diretor do Instituto de Pesquisa Data Popular, Renato Meireles, ressalta a importância que empreendedores conheçam bem os dados de consumo da população, em especial os das classes C, D e E, que são atualmente 85% da população e movimentam R$ 760 bilhões ao ano.

- As classes mais baixas, ao contrário das classes A e B, são compostas majoritariamente por jovens, que representam 42% das novas famílias formadas de 2002 pra cá. Isso significa mais pessoas necessitando de locais para morar - destaca Meirelles.

Já para resolver o problema da redução de custos necessária tanto para a construção de moradias como para implementar a infraestrutura necessária, Arbache, professor de Logística e Sistemas de Informação da Fundação Getulio Vargas (FGV), sugere que o governo conte com o apoio do setor privado.

- Pode soar contraditório, mas se o governo incentivar a construção de casas para as classes mais altas, o crescimento da escala produtiva reduz os custos operacionais como um todo - afirma. - Em relação à questão da infraestrutura, um regime de Parcerias Público-Privadas (PPPs) reduziria a burocratização do processo, e mais agilidade corresponde a menores custos.
Grandes empresas investem na venda sem intermediários

Valor Econômico, Daniela D'Ambrósio, 25/set

Embora 40% do programa Minha Casa, Minha Vida seja direcionado ao público de até três salários mínimos de renda - que representa o grosso do déficit habitacional - as grandes empresas do setor avançaram muito pouco nesse segmento. Desde o início as construtoras anunciam interesse nesses projetos e até divulgam metas específicas para essa faixa de renda, mas, até o momento, muito pouca coisa saiu do papel.

O programa para o público de zero a três salários mínimos é diferenciado. As inscrições dos compradores são feitas diretamente nas prefeituras - que fazem parcerias e podem doar terrenos para as construtoras - a prestação é de até 10% da renda por um período de dez anos e o subsídio é de quase 90% do valor do imóvel. O aporte da União para atender essa faixa de renda, na qual o déficit habitacional é estimado em 91%, é de R$ 16 bilhões.

Desde o início do programa, as empresas consideraram baixos os valores máximos que o governo paga pelas unidades - ainda que não haja despesa de marketing e o imposto cobrado sobre o faturamento da obra caia de 7% para 1%. Os valores pagos pelas casas varia de R$ 37 mil a R$ 48 mil e dos apartamentos de R$ 41 mil a R$ 52 mil, dependendo da localidade. Em seis Estados do Nordeste, entre eles Rio Grande do Norte, Alagoas e Sergipe, uma casa não pode custar mais do que R$ 37 mil, por exemplo. Já na região metropolitana de São Paulo, esses valores sobem para R$ 48 mil e R$ 52 mil, respectivamente.

De qualquer forma, as empresas comprometeram-se com o governo a atuar também nessa faixa de renda. "Como empresa, temos que fazer um negócio lucrativo, o que é mais difícil nesse caso, mas o zero a três faz parte do programa e temos que participar", afirma Rubens Menin, presidente da mineira MRV. A empresa está com quatro projetos para esse público, dois em Belo Horizonte, um em Araraquara e um em Campinas. Terá dois outros lançamentos, que estão prestes a sair, em parceria com as prefeituras.

Uma das saídas encontradas pelas construtoras é atuar no topo dessa faixa, com as famílias de três salários, oferecendo os empreendimentos diretamente para os compradores - sem que passem pelo cadastro da prefeitura. Nesse caso, os compradores conseguem ter um subsídio de R$ 23 mil e os benefícios do programa, como fundo garantidor (que garante o pagamento das prestações em caso de perda de emprego) e redução do seguro, mas terão que arcar com uma prestação bem maior do que até 10% da renda (cerca de R$ 250 , contra cerca de R$ 90) e pagam em até 30 anos, contra apenas 10 anos quando o cadastro é feito pela prefeitura.

"Chegamos em várias prefeituras e eles disseram que os projetos de zero a três salários mínimos daquele município já estavam comprometidos, que o seu limite de projetos esgotou", explica Eduardo Gorayeb, presidente da Rodobens Negócios Imobiliários. "Como a oferta de clientes é muito maior do que as prefeituras conseguirão atender, vamos trabalhar com esse excedente", diz. Dessa forma, as empresas também conseguem sair do limite de valor estipulado pelo governo, embora os empreendimentos tenham de ser avaliados pela Caixa.

No Rio de Janeiro, a Tenda vendeu um empreendimento diretamente para o público entre dois e três salários mínimos. "É um comprador que tem um carro e pode dar uma entrada, por exemplo", diz Paulo Mazzali, diretor de relações com investidores da Tenda. A empresa anunciou 5 mil unidades para o público de zero a três até 2010. Segundo Mazzali, este ano devem ser lançados um ou dois projetos, em terrenos que já tinha, e serão tocados em parceria com as prefeituras a partir de 2010. (DD)
Cyrela vende participação, de 23%, no capital da Agra

Jornal do Commercio, 28/set

A Cyrela Brazil Realty, maior incorporadora imobiliária do País, vendeu sua participação de 23% no capital social da Agra Empreendimentos Imobiliários por R$ 304,5 milhões. De acordo com um comunicado divulgado pela companhia, as ações foram vendidas, em partes iguais, para os investidores BRF Investimentos e Participações e Caripó Participações. A participação da Cyrela na Agra foi adquirida em outubro do ano passado.

Cinco meses antes, a empresa havia anunciado a intenção de adquirir a totalidade das ações da Agra, mas o negócio foi desfeito por causa da "impossibilidade de compatibilização dos compromissos assumidos pelas companhias perante seus respectivos parceiros, no que tange à exclusividade de atuação conjunta com tais parceiros em certas regiões do País".

Com a rescisão do contrato, a Cyrela se comprometeu a adquirir participações da Agra em algumas sociedades de propósito específico, criadas para o desenvolvimento de empreendimentos imobiliários, por R$ 120 milhões. Alguns meses depois de a Cyrela adquirir essas participações - que resultaram na fatia de 23% da Cyrela no capital social da Agra -, esta se associou à Veremonte Participações, empresa do polêmico investidor espanhol Enrique Bañuelos.

No mercado, comenta-se que Elie Horn, fundador da Cyrela, não via com bons olhos a associação com Bañuelos, responsável por provocar um dos maiores estragos no mercado acionário espanhol, após a revelação de que sua empresa, até então uma estrela do mercado, teria inflado resultados.

Depois da Agra, a Veremonte adquiriu participações na Abyara e na Klabin Segall. No início do mês, o grupo anunciou a integração das operações das três empresas imobiliárias, criando a Agre. Os papéis das três companhias serão substituídos pelas ações da Agre, a serem negociadas no Novo Mercado.

A empresa nasce com patrimônio de R$ 1,5 bilhão e banco de terrenos de R$ 19 bilhões. Após a reestruturação, a intenção é que 54% do capital da Agre esteja em negociação na bolsa. A Veremonte será a maior acionista da nova empresa.
IMÓVEIS - DESAVENÇAS

IstoÉ Dinheiro nº 624 - 23.09.09 - João Dória Jr.

O frenesi voltou ao mercado imobiliário. Só que entre as grandes empresas do setor o clima não está tão bom assim. O relacionamento entre o Amazon Group Real Estate (AGRE), do espanhol Enrique Bañuelos, e a Cyrela, do empresário Eli Horn, está estremecido.

O Agre quer comprar os 11% de participação que a Cyrela possui no grupo. Essa, por sua vez, até se mostrou disposta a vender, mas por um valor muito superior àquele estimado pelo investidor espanhol.

O clima azedou e agora nenhuma das duas parte pode ouvir falar da outra. E pior: o conflito pode crescer.
Bradesco tem nova linha para crédito imobiliário

Extra, Max Leone, 25/set

O Bradesco passa a oferecer, a partir de hoje, uma nova modalidade de financiamento para imóveis com valor abaixo de R$ 120 mil. O banco vai trabalhar com uma taxa dupla: de 7,80% ao ano para os primeiros 36 meses e de 9,50% anuais até o fim do prazo, que pode chegar a 30 anos (360 meses). O banco emprestará o valor equivalente a 80% do imóvel.

- A iniciativa de aplicar taxas de juros menores nos três primeiros anos é muito apropriada. É o período de maior aperto no orçamento, quando é preciso arcar com os custos da mudança e das adaptações - avaliou Gilberto Braga, professor de economia do Ibmec-RJ.

Segundo cálculos de Anderson Amorim, da Exato Assessoria Contábil, ao financiar R$ 80mil, em 240 meses, por exemplo, o valor da primeira prestação até a 36ª parcela será de R$ 659,23. A partir daí, subirá para R$ 736,13. O valor total a ser pago no financiamento com juros ficará em R$ 173.902,80.

O banco anunciou que reduziu a taxa de juros cobrada nos financiamentos de patamares maiores. Para imóveis avaliados de R$ 120 mil a R$ 500 mil, os juros caíram de 10,90% para 10,50% ao ano. Os que valem mais de R$ 500 mil tiveram a taxa reduzida de 11,90% para 11,50% ao ano.
FATO RELEVANTE

São Paulo, 25 de setembro de 2009 -

Abyara Planejamento Imobiliário S.A. (ABYA3) ("Abyara"), Agra Empreendimentos Imobiliários S.A. (AGIN3) ("Agra") e Klabin Segall S.A. (KSSA3) ("Klabin Segall" e, em conjunto com Abyara e Agra, as "Companhias"), em cumprimento ao disposto no parágrafo 4º do artigo 157 da Lei nº 6.404/76 e nas Instruções CVM nº. 358/02 e 319/99, e em complemento ao Fato Relevante divulgado em 02 de setembro de 2009, vêm a público informar que os Conselhos de Administração das Companhias aprovaram, em reuniões realizadas em 11 de setembro de 2009 e nesta data, submeter aos seus respectivos acionistas, em Assembléias Gerais Extraordinárias a se realizarem no dia 15 de outubro de 2009, conforme editais de convocação a serem publicados, proposta de incorporação da totalidade das ações de emissão das Companhias por uma sociedade denominada Agre Empreendimentos Imobiliários S.A. ("AGRE" e "Incorporação de Ações").

Para acessar a íntegra do Fato Relevante arquivado na CVM, clique aqui.

Para informações adicionais, por favor, entrar em contato com a Área de Relações com Investidores da Companhia:

CONTATO:
Marcos Yuiti Mori
Diretor Financeiro e de Relações com Investidores
Tel.: (0xx11) 3027-8000
Fax: (0xx11) 3027-8211
E-mail: ri@abyara.com.br
Producción Energía Eólica


Andalucía instala más de 500 MW eólicos

Huelva concentra la mitad de esa potencia

La comunidad andaluza tiene más de veinte parques eólicos en construcción, con una potencia agregada superior a los 500 MW, que entrarán en actividad entre finales de este año y principios del próximo. Huelva acumula casi la mitad de la potencia con 243 MW, seguida de Almería, Málaga, Granada, Sevilla y Cádiz. Gamesa Energía es la propietaria de la mitad de la potencia en construcción.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Brazilian stocks extend declines

Carla Mozee, MarketWatch Sept. 24, 2009, 7:41 p.m.

LOS ANGELES (MarketWatch) - Brazilian shares continued their backtracking from multi-month highs on Thursday, with investors driving down equities regionally and on Wall Street after an unexpected drop in U.S. housing sales increased worries about an industry that's key to an economic recovery.

"A disappointing move," wrote economist Jennifer Lee at BMO Capital Markets in a note to clients Thursday, "but it doesn't take away from the fact that the housing market is improving. Given the six-month streak of increases in pending home sales, look for some retracement in the September data."

Many analysts have said that the U.S. economic prospects for recovery will be limited by continuing turmoil in the housing sector. Improved economic conditions in the U.S. are important for exporting countries.

Brazil backtracks
Brazil's Bovespa fell 0.7% to 60,046.28, its second straight session of losses. The benchmark tracking Latin America's largest equity market earlier this week closed above 61,000 points for the first time since mid-July 2008.

Shares of oil giant Petrobras /quotes/comstock/13*!pbr/quotes/nls/pbr (PBR 43.88, -0.06, -0.14%) lost 1.3% as crude-oil prices tumbled 4% to a two-month low at $65.89 a barrel, dogged in part by worries about lower demand.

Stock in mining heavyweight Vale /quotes/comstock/13*!vale/quotes/nls/vale (VALE 22.10, -0.36, -1.60%) fell 1.1%. But Gol shares /quotes/comstock/13*!gol/quotes/nls/gol (GOL 9.88, -0.09, -0.90%) reversed losses to finish up 0.5%. They fell 3.8% in the previous session after the air carrier said it's selling at least 51.8 million shares in a global offering expected to begin trading Oct. 13.

On the economic front, Brazil's census bureau said unemployment in August rose to 8.1%, slightly higher than July's reading of 8%. The August figure met broadly held expectations.

Carla Mozee is a reporter for MarketWatch, based in Los Angeles.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Frase do dia

"Alguém está sentado na sombra hoje por que alguém plantou uma árvore tempos atrás"

Warren Buffet
Terreno será financiado junto com a construção da moradia

Extra, Danielle Abreu e Max Leone, 22/set

A compra de terreno pelo programa "Minha casa, minha vida", que havia sido vetada pelo presidente Lula em julho, voltou a ser permitida. O texto foi alterado e publicado em decreto no Diário Oficial da União de sexta-feira passada. De acordo com a nova redação, é admitida a compra de lote desde que a construção da unidade esteja incluída no mesmo financiamento.

Segundo o Ministério das Cidades, o objetivo da reedição foi o de evitar interpretações inadequadas do artigo e especulação imobilária. O texto vetado permitia a compra do terreno desde que houvesse comprometimento da parte do comprador de erguer o imóvel dentro de seis meses. Agora, o decreto determina que a construção da moradia esteja vinculada ao terreno dentro do mesmo empréstimo.

Regras de seleção

O Decreto 6.962 não incluiu, como se esperava, as regras de prioridade na seleção dos interessados cadastrados pelas prefeituras às unidades do programa. Em julho, o presidente Lula também vetou o artigo que indicava a realização de sorteio para casos de desempate, a pedido do Ministério das Cidades. A jutificativa foi a de que as regras fossem melhor estudadas e hierarquizadas. O ministério informou que essa regulamentação - que não deve excluir o sorteio - será publicada ainda este ano, por meio de uma medida provisória.

sábado, 12 de setembro de 2009

Britto é homenageado com "Grande Reconhecimento Maçônico" de Goiás

Teresina (PI), 11/09/2009 -

O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, foi agraciado com a medalha "Grande Reconhecimento Maçônico Palácio Mário Behring", comenda da Inspetoria Litúrgica de Goiás em comemoração ao Dia do Advogado celebrado oficialmente em 11 de agosto. A cerimônia foi realizada em agosto na capital goiana e, por compromissos previamente agendados, Britto foi representado na homenagem pelo presidente da Seccional da OAB de Goiás, Miguel Cançado. A entrega da medalha a Britto foi feita por Cançado no dia de hoje (11) durante a reunião do Colégio de Presidentes das Seccionais da OAB, realizado em Teresina (PI).

A comenda foi conferida a Britto em razão dos relevantes serviços prestados pela advocacia à sociedade brasileira.




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OAB requer que CNJ oficie aos Tribunais quanto a funcionamento oito horas por dia

Teresina (PI), 11/09/2009 -

O Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) vai oficiar ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para requerer a notificação a todos os Tribunais do País do dever de cumprimento imediato da decisão tomada pelo próprio CNJ, de que os Foros devem funcionar 8 horas por dia em todos os Estados brasileiros, expediente este extensivo integralmente ao atendimento aos advogados. A decisão quanto à comunicação foi tomada hoje (11) durante reunião do Colégio de Presidentes de Seccionais da OAB, realizada em Teresina, no Piauí.

No mesmo ofício, o Conselho Federal da OAB vai requerer, ainda, que os servidores dos respectivos Foros observem o atendimento no horário integral aos advogados, enquanto houver funcionários trabalhando nos Foros. A proposta, aprovada à unanimidade, foi feita na reunião do Colégio de Presidentes pelo presidente da Seccional da OAB do Rio Grande do Sul, Claudio Lamachia, ao se manifestar sobre a decisão, anunciada pelo representante da OAB no CNJ, o advogado Jefferson Kravchychyn.

A matéria foi disciplinada porque alguns Estados continuam mantendo seus Fóruns funcionando apenas na parte da tarde, reservando o período da manha para o serviço interno ou administrativo. Segundo Lamachia, essa decisão do CNJ acaba com os horários de expediente interno, pondo fim ao hábito de que o advogado só pode ir ao Tribunal na parte da manhã. "O advogado passa a ter acesso integral aos serviços dos tribunais, fazendo valer o que prevê o Estatuto da Advocacia, que assegura pleno acesso dos advogados nos Foros", afirmou.

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Bañuelos fusiona sus inmobiliarias en Brasil

El País - AGENCIAS - Madrid

Las tres constructoras brasileñas controladas por el grupo Veremonte Participaçoes, que tiene como principal socio al empresario español Enrique Bañuelos, anunciaron ayer su fusión y la creación de la que calificaron como la tercera mayor empresa del sector en Brasil. El nuevo grupo nace con un patrimonio de unos 1.500 millones de reales (556 millones de euros), y una cartera de suelo valorada en 7.030 millones de euros.
Bañuelos fue presidente y principal accionista de Astroc, uno de los emblemas del auge y la caída del sector inmobiliario en España.
Bañuelos renace en Brasil
El ex presidente de Astroc reconstruye su imperio inmobiliario en Suramérica

Poco tiempo ha tardado el empresario Enrique Bañuelos (Sagunto, 1966) en reemprender el vuelo tras el ocaso de Astroc (empresa rebautizada como Afirma), la que otrora fue su criatura financiera y posteriormente uno de los emporios inmobiliarios que marcaron un antes y después en las páginas de la economía española. En un momento en que España aún purga sus excesos tras el estallido de la burbuja inmobiliaria, Bañuelos ha resurgido de las cenizas como el Ave Fénix, pero en la otra orilla del Atlántico.

La cartera de suelo de Agre asciende a 7.000 millones de euros
Ya es accionista mayoritario de la tercera empresa del sector
El miércoles pasado se hizo pública en São Paulo la fusión de tres inmobiliarias brasileñas, dos de ellas controladas por el grupo Veremonte Participaçoes, que tiene como socio mayoritario a Bañuelos. La sociedad resultante, que ya ha sido bautizada como Agre (Amazon Group Real State) Empreendimentos Inmobiliarios, será la tercera inmobiliaria de Brasil en volumen de negocio. La Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) saludó la operación con subidas en las acciones de dos de las tres firmas que participan en la fusión.

Las constructoras que se fusionan son Agra, Abyara y Klabin Segall, hasta hace poco en dificultades, aunque entre las tres consiguieron sumar el mayor número de ventas de inmuebles en Brasil durante el ejercicio 2008. Previamente al anuncio de la operación, Bañuelos, mediante una compra de títulos por valor de 189 millones de reales (unos 70 millones de euros) realizada por Veremonte Participaçoes, se hizo con el 51% de Abyara y el 43% de Klabin Segall. En Agra también tiene una pequeña participación, de manera que el empresario valenciano obtendrá el 24% de la nueva sociedad y se convertirá en su accionista mayoritario.

Aunque ya tiene el respaldo de los consejos de administración de las tres firmas que se integran, el nuevo grupo aún deberá recibir las bendiciones de las juntas de accionistas. Nacerá con un patrimonio líquido de unos 1.500 millones de reales brasileños (unos 556 millones de euros), un valor de mercado de 2.300 millones de reales y una cartera de suelo valorada en unos 19.000 millones.

Agre emitirá 100 millones de títulos para distribuir entre los accionistas de las tres constructoras involucradas en la fusión. En un comunicado conjunto, Agra, Abyara y Klabin Segall explicaron que la integración se ejecutará mediante un canje de acciones de las tres empresas por títulos del nuevo grupo, que seguirá cotizando en la Bolsa de São Paulo. Mediante esta operación de intercambio, los inversores obtendrán una acción de la nueva Agre Empreendimentos Inmobiliarios por cada 5,18 títulos de Abyara, 4,85 de Agra y 4,77 de Klabin Sagell, respectivamente. Las direcciones de las tres sociedades consideraron estas propuestas "justas y en línea con los intereses de las empresas y sus accionistas".

El presidente y primer ejecutivo de Agre será el brasileño Luiz Roberto Horst Pinto, que actualmente ocupa el mismo cargo en Agra. Horst, en una teleconferencia ofrecida a un grupo de analistas, informó de que Veremonte, pese a tener el mayor paquete de participaciones, sólo se comportará en la nueva sociedad como un inversor.

En un comunicado conjunto, las tres firmas destacaron que la integración redundará en una importante diversificación geográfica del negocio, ya que Agre tendrá presencia en todas las regiones de Brasil. En este sentido, más del 80% de los terrenos de la nueva firma se encuentran en las regiones sureste y noreste, las más turísticas y de las más rentables del mercado brasileño. La idea es lanzar proyectos inmobiliarios para consumidores de renta media y media-alta, que según los cálculos de la empresa equivalen a precios mínimos de 2.300 reales (850 euros) el metro cuadrado.

"Para nuestra grata sorpresa, Klabin Segall tiene una posición importante en Río de Janeiro que no teníamos en Agra. Abyara también tiene una posición fuerte en el sur, y Agra cuenta con una posición relevante en noreste y en el norte", explicó Horst.

Antes de que llegaran hasta Brasil las noticias sobre las desventuras de Bañuelos en el mercado inmobiliario español, éste ya había conquistado la categoría de inversor polémico entre los analistas y empresarios del ladrillo en el gigante suramericano. El año pasado, el hombre que irrumpiera en la lista de los cien hombres más ricos del mundo, elaborada anualmente por la revista Forbes, destapó la caja de los truenos en Brasil al entrar en negociaciones para comprar un complejo hotelero en Costa do Sauípe, un paraíso turístico en el Estado de Bahía. Según lo difundido en la prensa brasileña, cuando todos los detalles de la negociación estaban prácticamente cerrados, Bañuelos cambió de parecer y la operación acabó en agua de borrajas. El empresario valenciano dio marcha atrás la víspera de la fecha marcada para el desembolso, esgrimiendo cambios en las condiciones mundiales, como la crisis financiera y la falta de crédito.

No ha transcurrido ni un año desde este episodio y la posterior sacudida financiera que mandó al ostracismo a Enrique Bañuelos y otros titanes de la construcción en España. Pero, como en el mito del Ave Fénix, la capacidad de resurgir de las cenizas de estos emprendedores no conoce límites. Ya lo dijo Bañuelos en su día: "A mí me dejan desnudo en Central Park y en 24 horas estoy paseándome por la Quinta Avenida en una limusina". Puede que no haya cumplido su pronóstico en 24 horas, ni en la Quinta Avenida neoyorquina. Sólo ha tenido que esperar algunos meses para pasearse, ufano, por la playa de Copacabana.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Abyara, Agra e Klabin Segall integram atividades

02 de Setembro de 2009 | 08:00

Abyara, Agra e Klabin Segall vão integrar suas atividades no ramo imobiliário. Para isso, será criada uma nova empresa, a Agre Empreendimentos Imobiliários, que será listada no Novo Mercado da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e incorporará as ações das demais empresas.

Em nota ao mercado, as empresas informam que a relação de substituição das ações se dará da seguinte forma: uma ação da Agre para cada 5,185657061 ações ordinárias da Abyara, uma Agre por 4,858175714 ordinárias da Agra e uma Agre por 4,775142186 papéis com direito a voto de emissão da Klabin, Segall.

Segundo as empresas, a relação de substituição foi proposta após ter sido analisada e recomendada por grupo específico de trabalho, constituído por membros do Conselho de Administração de cada uma das companhias. A relação foi determinada com base na comparação do valor de mercado das ações de emissão das companhias, calculado pela média ponderada por volume de negociação das cotações médias das ações nos 60 dias anteriores à última sexta-feira (dia 28 de agosto), inclusive. Obtido o valor de mercado de todas as ações das companhias, considerou-se a participação proporcional do valor de mercado das ações no valor combinado de mercado.

Uma vez aprovada a incorporação de ações pelas assembleias gerais das companhias, todos os seus acionistas passarão a ser acionistas da Agre, mediante a emissão por essa empresa de 100 milhões de novas ações ordinárias. Com isso, os acionistas da Abyara terão 20,23% do total, Agra com 49,26% e Klabin. Segall com 30,51%.

As empresas também informam que a Agra vendeu para a Veremonte Participações toda a fatia que detinha indiretamente na Abyara e na Klabin Segall, pelo que a Veremonte passa a deter, indiretamente, 51% do capital social da Abyara e 43,8% do capital social da Klabin Segall. A venda foi feita por R$ 189,065 milhões, a serem pagos em dinheiro, correspondente ao valor de mercado das participações adquiridas calculado com base no mesmo critério utilizado para determinação da relação de substituição proposta para a incorporação de ações.

Os conselhos de administração das companhias indicaram Luiz Roberto Horst Silveira Pinto para presidente do Conselho de Administração e diretor executivo da Agre, a ser eleito na data da aprovação da incorporação de ações. De acordo com a nota, a Agre nasce com capitalização de R$ 2,3 bilhões, patrimônio líquido de R$ 1,5 bilhão, banco de terrenos de R$ 19 bilhões e volume médio diário negociado nos últimos 30 dias na Bovespa de R$ 38,6 milhões.
Abyara, Agra e Klabin anunciam fusão

Comunicado enviado pela Abyara, Agra e Klabin Segall informa a fusão das operações das três construtoras para criação da Agre Empreendimentos Imobiliários. Esta nova empresa irá pular para a terceira posição entre as maiores do setor imobiliário e contará com uma capitalização de R$ 2,3 bilhões, um patrimônio liquido de R$ 1,5 bilhão e um landbank (banco de terrenos) de R$ 19 bilhões. A conversão das ações seguirá a seguinte regra: 1 (uma) ação da nova empresa para cada 5,185657061 ações ordinárias da Abyara; ou 4,858175714 ações ordinárias da Agra; ou 4,775142186 ações ordinárias da Klabin Segall.
Abyara Planejamento Imobiliário S.A. Companhia Aberta
CNPJ/MF nº 07.794.351/00001-60 NIRE 35.300.328.337

Agra Empreendimentos Imobiliários S.A. Companhia Aberta
CNPJ/MF nº 07.698.047/0001-10 NIRE 35.300.328.680

Klabin Segall S.A. Companhia Aberta
CNPJ/MF nº 00.187.032/0001-48 NIRE 35.300.174.127


FATO RELEVANTE

Abyara Planejamento Imobiliário S.A. (ABYA3) (“Abyara”), Agra Empreendimentos Imobiliários S.A. (AGIN3) (“Agra”) e Klabin Segall S.A. (KSSA3) (“Klabin Segall” e, em conjunto com Abyara e Agra, as “Companhias”), em cumprimento ao disposto no parágrafo 4º do artigo 157 da Lei nº 6.404/76 e na Instrução CVM nº 358/02, vêm a público informar que seus respectivos Conselhos de Administração, em reuniões realizadas em 30.08.2009 e nesta data, decidiram propor aos seus acionistas a integração das atividades das Companhias em uma nova sociedade a ser denominada Agre Empreendimentos Imobiliários S.A. (“AGRE”).

A AGRE terá suas ações negociadas no Novo Mercado da BM&FBOVESPA S.A. – Bolsa de Valores, Mercadorias e Futuros (“BM&FBOVESPA”).

A integração das atividades será precedida da unificação das bases acionárias das Companhias mediante a incorporação da totalidade das ações de sua emissão pela AGRE (“Incorporação de Ações”). A Incorporação de Ações assegura aos acionistas das Companhias tratamento equitativo e a manutenção das melhores práticas de governança corporativa na nova Companhia.

As ações de emissão das Companhias serão substituídas por novas ações a serem emitidas pela AGRE na data da aprovação da Incorporação de Ações pelas assembléias gerais das três Companhias. A relação de substituição das ações dos acionistas das Companhias por ações da AGRE proposta pelos administradores das Companhias é a seguinte:

Companhia Relação de Substituição
Abyara
1 (uma) ação da AGRE para cada 5,185657061 ações ordinárias de emissão da Abyara
Agra
1 (uma) ação da AGRE para cada 4,858175714 ações ordinárias de emissão da Agra
Klabin Segall
1 (uma) ação da AGRE para cada 4,775142186 ações ordinárias de emissão da Klabin Segall

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A relação de substituição é proposta após ter sido analisada e recomendada por grupo específico de trabalho constituído por membros do Conselho de Administração de cada uma das Companhias.

A relação de substituição proposta resulta, pois, de negociação entre os administradores das três Companhias e foi determinada com base na comparação do valor de mercado das ações de emissão das Companhias, calculado pela média ponderada por volume de negociação das cotações médias das ações de emissão das Companhias nos 60 (sessenta) dias anteriores ao dia 28.08.2009 (inclusive). Obtido o valor de mercado de todas as ações de emissão das Companhias, mediante a aplicação do critério acima referido, considerou-se a participação proporcional do valor de mercado das ações de cada Companhia no valor combinado de mercado de todas as ações das Companhias. Os administradores das Companhias consideram a relação de substituição proposta justa e no interesse das Companhias e de seus respectivos acionistas.

Uma vez aprovada a Incorporação de Ações pelas assembléias gerais das Companhias, todos os seus acionistas passarão a ser acionistas da AGRE, mediante a emissão pela AGRE de 100.000.000 (cem milhões) de novas ações ordinárias, atribuídas aos acionistas das Companhias com base na relação de substituição acima definida, resultando no organograma a seguir:

Conforme o disposto na Lei nº 6.404/76, no pressuposto da aprovação da Incorporação de Ações pelas assembleias gerais das Companhias, os acionistas eventualmente dissidentes que forem titulares, na data de divulgação deste Fato Relevante, de ações de emissão das Companhias, terão assegurado o direito de retirada pelos respectivos valores patrimoniais contábeis de suas ações, na forma da lei.

Os Conselhos de Administração das Companhias autorizaram as respectivas diretorias a prosseguir com os atos e documentos necessários para a submissão da Incorporação de Ações aos seus acionistas.

Assim que forem finalizados os documentos exigidos pela legislação para a implementação da Incorporação de Ações, será feita divulgação de novo fato relevante em cumprimento ao disposto na Instrução CVM nº 319/99, com a realização de novas reuniões dos Conselhos de Administração e convocação das competentes assembleias gerais extraordinárias, convocação esta que se estima ocorrer em até 15 (quinze) dias.

Ainda em atendimento aos termos da Instrução CVM nº 358/02, informam também os administradores das Companhias que foi efetivada a alienação pela Agra para a Veremonte Participações S.A. (“Veremonte”) de toda a participação que a Agra detinha indiretamente na Abyara e na Klabin Segall, pelo que a Veremonte passa a deter, indiretamente, 51% do capital social da Abyara e 43,8% do capital social da Klabin Segall, pelo preço de R$189.065.099,69, a ser pago em dinheiro, correspondente ao valor de mercado das participações adquiridas calculado com base no mesmo critério utilizado para determinação da relação de substituição proposta para a Incorporação de Ações.

Os Conselhos de Administração das Companhias deliberaram indicar o Sr. Luiz Roberto Horst Silveira Pinto para presidente do Conselho de Administração e CEO da AGRE a ser eleito na data da aprovação da Incorporação de Ações.

A gestão da nova companhia será inspirada no modelo de gestão de Agra baseado em: planejamento estratégico, meritocracia, transparência e foco em resultados.

AGRE nascerá com:
 Capitalização de R$ 2,3 bilhões (28/06/09).
 Patrimônio líquido de R$ 1,5 bilhão (base 30/06/09).
 Landbank de R$ 19 bilhões (base 30/06/09).
 Volume médio diário negociado nos últimos 30 dias na BOVESPA de R$ 38,6 milhões.
 Eficiência diferenciada pelas sinergias e redução de custos.
 Patrimônio Humano e Inteligência Imobiliária reforçados por talentos oriundos das três companhias.
 Diversificação geográfica e de atividades, estando presente em todas as regiões do país e atuando em todos os segmentos imobiliários.

AGRE surgirá como uma das três maiores empresas do setor imobiliário brasileiro e com inédita oferta de valor aos acionistas, clientes, colaboradores e ao mercado.

São Paulo, 1º de setembro de 2009

Marcos Yuiti Mori
Abyara Planejamento Imobiliário S.A.
Diretor Financeiro e de Relações com Investidores

Ricardo Setton
Agra Empreendimentos Imobiliários S.A.
Diretor Financeiro e de Relações com Investidores

Carlos Eduardo Malagoni
Klabin Segall S.A.
Diretor Financeiro e de Relações com Investidores
OAB-SC promove série de reuniões para debater a defensoria dativa

Florianópolis (SC), 01/09/2009

A Seccional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Santa Catarina está promovendo uma série de reuniões regionais para debater e avaliar em conjunto a questão da Defensoria Dativa no Estado. Na próxima quinta-feira (03) a reunião acontece a partir das 10h, no auditório da sede da OAB-SC, em Florianópolis.

As reuniões estão sendo realizadas em pólos regionais no Estado, buscando a ampla mobilização dos advogados na discussão sobre a relevância da assistência judiciária prestada aos mais necessitados. Até agora já foram realizadas reuniões nas cidades de Criciúma, Blumenau e Balneário Camboriú.