quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

CONSTRUÇÃO CIVIL. 2009. PREVISÃO.

05/12/2008 - 16h04
Setor da construção prevê crescimento menor e sem "euforia" para 2009
EDUARDO CUCOLO da Folha Online, em Brasília

O setor da construção civil espera um crescimento menor em 2009, mas descarta a possibilidade de registrar um desempenho inferior à média da economia brasileira no próximo ano.

O presidente da CBIC (Câmara Brasileira da Indústria da Construção), Paulo Safady Simão, disse nesta sexta-feira que a expectativa é encerrar 2008 com uma expansão de 8,5% na construção civil. Para 2009, um crescimento de 5% seria "possível", o que significa uma performance acima dos 4% previstos pelo governo para a expansão do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro.

Simão afirmou que o segmento de imóveis de luxo deve ser o maior prejudicado pela falta de crédito provocada pela crise econômica, que já reduz o número de lançamentos imobiliários desde setembro. Mas os outros segmentos devem garantir que o setor seja "o motor do crescimento econômico em 2009".

"Em setembro, houve uma fuga quase total dos estandes de venda, que durou uns 60 dias. Hoje, há uma normalidade. Acabou aquela euforia, voltamos aos números de 2006", afirmou Simão. Para ele, o fim dessa "euforia" tem um lado positivo, já que havia problemas de falta de mão de obra de material de construção no mercado.

"Excessos"
O presidente da CBIC não prevê uma queda brusca no preço dos imóveis, exceto onde houve "excesso" de especulação, como em algumas regiões de Brasília e São Paulo. Ele disse também que, apesar da alta dos juros, a Caixa Econômica Federal, que responde por um terço dos financiamentos imobiliários, Banco do Brasil e Santander vêm mantendo as suas taxas inalteradas.

Em relação ao emprego no setor, a entidade evitou fazer projeções para 2009, mas prevê uma redução no número de postos de trabalho em novembro e dezembro, depois da abertura de 300 mil vagas entre janeiro e outubro. "Houve um acréscimo de demissões por causa da crise", afirmou. O setor imobiliário responde por 40% do faturamento da construção civil. Os outros 60% dependem de obras privadas e, principalmente, públicas.

Fonte: Folha On-line http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u475747.shtml

Nenhum comentário:

Postar um comentário