quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

HOLDING ABYARA-VAREMONTE.

Construtora Espanhola Astroc Comprará Abyara (BOV:ABYA3)
docbr - 22/Dez/2008 16:07
Gráfico Intraday

Construtora Espanhola Astroc comprará Abyara. Ele já foi chamado de Donald Trump espanhol e "senhor dos tijolos", como são conhecidos na Espanha os magnatas da construção.

Dono de uma trajetória nada invejável de ascensão e queda - uma fortuna de mais de US$ 7 bilhões quase evaporou depois de denúncias de operações que inflaram os papéis da sua empresa imobiliária na Espanha - o valenciano Enrique Bañuelos é o homem que está arquitetando, nos bastidores, a tacada mais ousada do mercado imobiliário brasileiro.

O polêmico empresário está em contato com pelo menos seis companhias do setor - e estaria em conversas mais avançadas com Agra e Abyara - para montar uma holding, que já ganhou até um nome: Veremonte.

A grande dúvida do mercado é se a proposta é factível e se Bañuelos, que já desistiu de outros negócios aqui, conseguiria levá-la adiante. Empresário valenciano, dono da Astroc, desistiu da compra do Complexo Costa do Sauípe no dia da assinatura do contrato.

Além de Agra e Abyara, o Valor apurou que Bañuelos já sondou a Inpar, Even, Klabin Segall, Tecnisa e Rossi. A bordo de seu jato particular, avaliado em mais de US$ 8 milhões - que usa para levar os empresários brasileiros para visitar terrenos e empreendimentos no Nordeste em uma única tarde - Enrique tem mostrado uma habilidade invejável para discorrer sobre seu plano de negócios. E, em função da complicada situação não só do mercado, como de várias empresas, tem encontrado ressonância nas empresas. "Ele tem pouca credibilidade, mas é sedutor e muitas companhias, que estão praticamente sem saída, viram nessa holding uma promessa de salvação", diz uma fonte do setor.

O Valor teve acesso ao plano de negócios da holding, que se vende como a plataforma líder de "real estate" no país. A apresentação impressiona pela complexidade e pela ambição. Para reduzir os custos operacionais e conseguir economia de escala, a idéia é criar uma empresa única centralizada, com uma sede e uma única estrutura financeira, administrativa, de marketing, construção e vendas. Uma companhia saudável, não contaminada pelas dívidas das companhias abertas, que fica com parte dos ativos das empresas, e que a médio prazo abriria capital lá fora: 40% nas bolsas de Londres e Nova York (sendo 20% de oferta secundária e 80% de oferta primária). "Os recursos da oferta primária serão destinados preferencialmente para o pagamento dos ativos adquiridos das S.A listadas e para eliminar as dívidas corporativas das companhias", discorre o plano.

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