domingo, 2 de agosto de 2009

PRESIDENTE DO STF: PF de Lula é que vazou grampos sobre conversas de Sarney

Brasília, 31/07/2009

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Gilmar Mendes, disse ontem que no governo do presidente Lula a Polícia Federal adotou a prática de vazar informações sigilosas de inquéritos e essa conduta foi orientada por uma "decisão política". Mendes atacou a PF ao ser indagado sobre o fato de a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) ter protocolado no STF um pedido de explicações a ser encaminhado ao ministro da Justiça Tarso Genro, que acusou advogados de vazamentos.
Na terça-feira, Genro disse que o sigilo de Justiça "praticamente terminou no país", ao comentar a divulgação pela imprensa de conversas entre José Sarney, o filho dele, Fernando Sarney e a neta do presidente do Senado, Maria Beatriz Sarney, grampeados na Operação Boi Barrica da PF.

O presidente do STF respondeu que não iria fazer comentários sobre o pedido da OAB, pois poderia ter que julgar o requerimento, e lembrou uma decisão recente do STF que garantiu a advogados acesso a inquéritos e ações sob sigilo.

Em seguida, o magistrado passou a disparar: "É verdade que no modelo anterior, em que o inquérito era puramente sigiloso, havia vazamentos. Aí, não se pode dizer que era culpa dos advogados. Os advogados não tinham acesso. A Polícia Federal, durante todo o governo Lula, praticou com grande tranquilidade a prática do vazamento".

O ataque prosseguiu com menção a Paulo Lacerda, ex-diretor geral da PF: "Eu acho que é até uma marca da gestão Paulo Lacerda na PF. Era o vazamento, até vazamento para dadas emissoras de televisão. Então não era um modelo de processo sigiloso. Havia vazamentos porque havia uma decisão política de vazar", disse. (A matéria é de autoria do repórter Flávio Ferreira, da Folha de S. Paulo)

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