GOVERNO ANUNCIA PROGRAMA PARA A CONSTRUÇÃO DE UM MILHÃO DE CASAS
Brasília, 25 mar (EFE).- O Governo federal anunciou hoje o programa de habitação "Minha Casa, Minha Vida", cujo objetivo principal é construir um milhão de casas nos próximos dois anos por meio do uso de R$ 34 bilhões vindos exclusivamente dos cofres públicos.
A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, explicou que o plano será dirigido às famílias cuja renda mensal é de até dez salários mínimos (R$ 4.650).
Além de começar a reduzir o déficit imobiliário no Brasil - número que Dilma calculou em 7,2 milhões de moradias -, o Governo pretende atenuar os efeitos da crise global em termos de emprego e atividade econômica. Segundo a ministra, o "Minha Casa, Minha Vida" servirá para "enfrentar a grave situação de habitação" da maioria dos brasileiros, que vivem em regiões de risco ou em imóveis sem a infraestrutura adequada.
Embora tenha admitido que o programa vai gerar emprego e renda em tempos de crise, Dilma garantiu que a iniciativa faz parte do "modelo de desenvolvimento social" concebido pelo Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A ministra explicou que, do total de um milhão de casas, 400 mil serão destinadas a famílias com renda mensal de até três salários mínimos.
O plano destinará outras 200 mil casas a famílias com renda mensal entre três e quatro salários mínimos; outras 100 mil moradias serão para as que recebem entre quatro e cinco salários mínimos, enquanto mais 100 mil serão para grupos familiares com rendimentos de entre cinco e seis salários mínimos. As 200 mil casas restantes serão destinadas a famílias com entre seis e dez salários mínimos.
Em todos os casos haverá juros diferenciados, que não poderão passar de 6%, e o financiamento terá prazo máximo de até dez anos.
Segundo Dilma, o Governo se compromete a acelerar todos os trâmites burocráticos para dar mais rapidez ao cumprimento dos objetivos, além de reduzir a tributação.
De acordo com o ministro da Fazenda, Guido Mantega, este é "um dos principais programas anticrise" do Governo, e sua dimensão é mais uma garantia de que "o Brasil foi um dos últimos países a entrar na crise e será um dos primeiros a sair". Mantega citou cálculos da Fundação Getulio Vargas, segundo os quais este plano pode criar "até um milhão e meio de novos empregos", mobilizar investimentos da ordem de R$ 60 bilhões e gerar um crescimento de 2% do Produto Interno Bruto (PIB). EFE
quarta-feira, 25 de março de 2009
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