sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Depois da Inpar, Paladin ainda pretende investir US$ 8OO milhões
Publicado por Gandalf às 1/14/2009 06:43:00 AM

James Worms administra um dos maiores fundos de investimento imobiliário do mundo. Em ativos são mais de US$ 88 bilhões, um valor que coloca hoje a sua Paladin Realty Partners no calcanhar do rival maior, o Morgan Stanley, duramente afetado pela crise financeira global de 2008.

Nos últimos tempos, Worms tem recebido em sua sede, na Califórnia, a visita de investidores afoitos por alternativas de ganho a curto prazo, após a coleção de perdas milionárias do ano passado. O que ele diz pouca gente sabe, mas nas últimas semanas, o discretíssimo Worms rompeu o silêncio.

"Muito do nosso dinheiro tem ido para o Brasil. Lá, a demanda ainda é superior a oferta", afirmou recentemente em entrevista.

No comando da Paladin Realty desde a sua criação, em 1995, Worms e sua equipe encaminharam alguns dados interessantes para um fundo de pensão da cidade de Los Angeles. As informações eram uma resposta da empresa às dúvidas do conselho de investidores locais. No documento, datado de outubro de 2008 e obtido pela DINHEIRO, a Paladin informa que tem como meta aplicar entre US$ 500 milhões a US$ 800 milhões (ou até R$ 1,8 bilhão) no Paladin III, fundo focado nos mercados brasileiro e mexicano. Com um detalhe: o País pode ganhar a preferência dos americanos. Desde dezembro, existe um vice-presidente da Paladin trabalhando no Brasil, o executivo Pablo Salas.


É uma questão de escolhas. O braço direito de Worms, Philip Fitzgerald, tem dito que o México já se tornou um mercado maduro demais e a Argentina está com uma oferta de negócios limitada. No Chile as margens de lucro são tão estreitas que poucos ativos despertam interesse.

Na falta de adversários de peso, e pelas condições locais, o Brasil saiu na frente. Essa clara inclinação cresceu depois da crise de liquidez que congelou investimentos. Há um movimento de ajuste das tabelas, com construtoras declinando da opção de compra de terrenos por causa da falta de recursos no mercado.

A Paladin quer aproveitar essa fase para ir às compras. Já adquiriu ações da InPar e Even Construtora. Com a InPar, deu uma tacada de mestre. Em dezembro, os americanos colocaram R$ 180 milhões na construtora, com vendas paradas e lançamentos adiados. Como parte do trato, o fundo se tornará controlador do grupo caso a família não exerça a opção de compra de um conjunto de ações emitidas em 2008. Sem recursos, a família não exercerá o direito e deve perder o comando.

Nas próximas semanas, o fundo deve anunciar o nome de Álvaro Luis Simões, ex-conselheiro da Rede Energia e homem de confiança dos estrangeiros, como o novo presidente da InPar, apurou a DINHEIRO. Nesse exato momento, Simões está na Califórnia tratando dos novos passos da Paladin dentro da InPar. Esse tipo de negócio é a cara dos americanos. Em todos os seus tratados recentes - foram mais de US$ 4 bilhões investidos em dez anos - a companhia tem um norte claro. Ela avança pelas bordas e tende a buscar o controle nas operações mais estratégicas. É o caminho ideal para ganhar musculatura rapidamente.
Isto é Dinheiro

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