domingo, 7 de junho de 2009

Greve dos advogados da Caixa irá a julgamento. TST não obteve consenso

Brasília, 05/06/2009 - Após mais de um mês de negociações e de tentativas de se chegar a uma solução consensual, a Caixa Econômica Federal e as categorias profissionais de advogados, engenheiros e arquitetos não conseguiram chegar a um acordo para pôr fim à greve iniciada em abril. Na audiência de hoje (05) no Tribunal Superior do Trabalho, o ministro João Oreste Dalazen, vice-presidente do TST, decidiu encerrar a instrução do dissídio coletivo ajuizado pela CEF e encaminhá-lo a julgamento pela Seção Especializada em Dissídios Coletivos (SDC). A relatora sorteada foi a ministra Kátia Arruda.

O ministro Dalazen, instrutor do dissídio, propôs às partes a aplicação de reajuste em progressão geométrica decrescente, no percentual inicial de 31% sobre a primeira referência e de 10% na última, com efeito retroativo a janeiro de 2009, que resultaria num salário inicial de R$ 6.599, e final de R$ 9.117. Apesar de aceita pelos trabalhadores, a proposta foi rejeitada pela Caixa.

A Caixa trouxe o que chamou de "proposta definitiva" de conciliação, uma variação da proposta anterior mais favorável às referências intermediárias do plano de cargos. A proposta não contempla, porém, 421 profissionais, admitidos sob a vigência dos planos de cargos de 1989 e 1998 e que não aderiram ao plano de 2006.

Esgotadas as perspectivas de conciliação, o ministro Dalazen lembrou ser inútil discutir o mérito da proposta da Caixa. "Apesar dos esforços que fizemos ao longo dessas audiências para que os senhores chegassem a uma solução amistosa, isso não foi possível, e o dissídio vai ter de ir a julgamento. A Justiça do Trabalho existe para isso: para conciliar sempre que possível, e decidir quando necessário", concluiu.

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