segunda-feira, 1 de junho de 2009

Secovi prevê "ano do crédito imobiliário" por conta de R$ 80 bi

DCI, 01/jun/09

Os montantes de recursos disponíveis em financiamentos para o setor de habitação brasileiro, calculados na casa dos R$ 80 bilhões, devem transformar 2009 no ano do crédito imobiliário. Pelo menos é o que crê Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP (sindicato do setor imobiliário) e que também exerce a função de diretor executivo da vice-presidência de Incorporação Imobiliária e membro do Conselho Curador do FGTS.

"O primeiro fator, sem dúvida nenhuma, foi o anúncio, pelo governo federal, do programa Minha Casa, Minha Vida", colocou o economista ao incluir o setor produtivo e a Caixa Econômica Federal como protagonistas do processo de reaceleração da construção, após a turbulência econômica mundial.

Petrucci coloca que a reação do mercado imobiliário atingiu vários estados brasileiros com a crescente venda "não só para produtos destinados às famílias de mais baixa renda", como também para produtos destinados a faixas maiores de renda, analisou o executivo ao sinalizar um primeiro trimestre quase tão aquecido quanto foram os três primeiros meses de 2008.

O cálculo é que mais de 50 mil imóveis tiveram a liberação do financiamento, em menos de um mês, em que foi iniciada a operação do pacote federal (anunciado no final de março), de acordo como a Caixa Econômica Federal.

Aceleração

Também existem iniciativas de fomento à habitação, previstas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC); uma delas é o investimento de R$ 495 milhões, no Complexo do Alemão, área composta por vários morros do Rio de Janeiro, que abrigam algumas comunidades e favelas. Lá, o Consórcio Rio Melhor, constituído pela Odebrecht, a OAS e a Delta, é o responsável pelas obras e onde serão entregues as primeiras 56 casas populares, este mês.

As unidades habitacionais têm dois dormitórios, fazem parte de uma primeira etapa, em que também estão em finalização outras 96 moradias, a serem disponibilizadas dentro de um mês de acordo com informações do consórcio.

O plano de urbanização de parte do complexo inclui ainda obras de drenagem, esgoto, rede de água e pavimentação. Duas estações de teleféricos também fazem parte do projeto, que contempla mais 660 casas em diferentes áreas.

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